Polícia fala em execução na morte de primo do ex-goleiro Bruno

Sérgio Rosa Salles, primo do goleiro Bruno Souza, foi assassinado por volta das 7h da manhã desta quarta-feira, dia 22 em Belo Horizonte. Assim como Bruno, Salles também é réu no caso Eliza Samudio.

Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais, a vítima havia acabado de sair para trabalhar e estava caminhando na rua, localizada no bairro Minaslândia, quando foi abordada por dois suspeitos, em uma moto, que dispararam vários tiros e fugiram. O corpo da vítima foi retirado do local por volta das 10h30, e os trabalhos da perícia foram concluídos.

Segundo o sargento Célio José de Oliveira, do 13º Batalhão da Policia Militar, Salles levou seis tiros – um no rosto e os demais pelo corpo. “Pela quantidade de tiros, a hipótese mais provável é mesmo que foi uma execução”, disse o sargento. “Testemunhas disseram que o Sérgio correu e pediu por socorro antes de ser baleado.”

O delegado titular da Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte, Breno Pardini, disse também acreditar em execução. “A perícia foi feita minuciosamente, e as equipes estão em campo para fazer os levantamentos relativos à execução”, afirmou. Na época da investigação sobre o desaparecimento de Eliza, Salles colaborou com a polícia, dando informações sobre o caso. O corpo da jovem nunca foi encontrado.

Salles havia deixado a penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves (região metropolitana de Belo Horizonte), em agosto do ano passado. Na ocasião, questionado se se sentia injustiçado por ter ficado preso por mais de um ano, Salles afirmou que “só a Justiça poderá responder isso”. O acusado foi liberado porque os juízes consideraram que ele é réu primário, “não oferece perigo à ordem pública e não demonstra poder aquisitivo capaz de influenciar as testemunhas ou perturbar o andamento do processo”.

O advogado do réu, Marco Antonio Siqueira, afirmou na ocasião que seu cliente era apenas uma testemunha do processo e, portanto, não deveria ter sido preso. Carlos Alberto Salles, pai de Salles, disse que Bruno também deveria ser solto por ser um “menino muito bom para a família”.  A casa que os Salles moram, em Belo Horizonte, foi dada pelo goleiro.


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