Polícia sul-africana alega legítima defesa para explicar massacre

Foto Reprodução

Legítima defesa foi o argumento das autoridades policiais sul-africanas para explicar o massacre de um grupo de mineiros em greve no fim da tarde de quinta-feira, dia 16, em Marikana, noroeste do país  que deixou 34 mortos e 78 feridos. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira, 17, pelo Chefe de polícia Riah Phiyega.

“O grupo de militantes atacou a polícia, disparando e agitando armas perigosas. A polícia se viu forçada a recorrer à força máxima para se defender”, disse Phiyega.

O confronto foi registrado por uma equipe de TV sul-africana e foi amplamente divulgado no mundo. Nas imagens, os policiais atiram no grupo de trabalhadores da mina de platina da empresa Lonmin, matando vários deles em frente às câmeras.

Pelo balanço oficial divulgado no comunicado, além das vítimas, 259 pessoas foram presas.

País perplexo
De acordo com agência Angola Press, o país está “perplexo” com a violência em Marikana.  Por meio de seu porta-voz, Mac Maharaj, a Presidência da República da África do Sul divulgou uma mensagem pedindo calma à população enquanto as autoridades se dedicam “a um rigoroso inquérito”.

Também na manhã desta sexta, o presidente da Lonmin, Roger Phillimore, afirmou que a empresa lamenta profundamente as mortes ocorridas nas minas. ” É claro que deploramos profundamente estas mortes, o que constitui claramente uma questão de ordem pública acima do conflito social”, disse resaltando que houve excesso na ação policial.


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