Ponte aérea

Meus caros, estou de volta. Esse foi o primeiro feriado do ano em que eu não postei. Também sou filho de Deus, mereci. Vim para Petrópolis, cidade imperial, minha terra natal. Uma boa dose de carinhos familiares recupera qualquer astral. Sábado à noite fui para o Rio de Janeiro, onde teve uma baladinha na Foch de Ipanema, loja de roupas preferida por boa parte do nosso Sindicato, meninos lindos tomando uma bebidinha e dando risada, bárbaro. Depois, rolou a grande festa de três anos da The Week carioca, balada maravilhosa, da qual você vai embora só por estar exausto, pois, pela animação, ficaria até mais tarde. Divertidíssimo foi encontrar toda a paulistada, amigos por todos os lados, até mesmo blogueiros fofos reunidos, coisa que não se consegue fazer em São Paulo. Na nossa própria cidade a gente acaba não se encontrando, mora perto e nem se fala, só Facebook, aquela coisa de vida corrida. Mas foi só ter um feriado, com o atrativo insuperável de um festão incluído no pacote, que todo mundo se juntou. Bárbaro, adorei. Rio de Janeiro é um programão, mesmo no inverno. Eu mesmo prefiro essa época do ano, pois o calorão infernal não judia ninguém, você pode até ir à praia e ficar sentado tomando sua cerveja sem nem se preocupar com protetor solar, ou ficar suando bicas. Os dias costumam ser lindíssimos, céu azul, mar verde esmeralda e ventinho fresco. Não foi o caso deste final de semana, pois o tempo fechou, ficou cinzento, mas não foi nenhum drama, as festas deram conta de manter o astral lá em cima.

A verdade é que, bairrismos e disputas (ridículas) à parte, tanto paulistas quanto cariocas adoram visitar a cidade um do outro. Os atrativos naturais do Rio de Janeiro são imbatíveis, ir à praia é delicioso, principalmente para nós, gays, naquele trecho entre as ruas Vinicius de Moraes e Farme de Amoedo, onde se concentra o melhor da testosterona carioca, espetáculo único. Atrações imperdíveis são, também, o Real Gabinete Português de Leitura e o Mosteiro de São Bento, ilhas de séculos passados cravadas no centro da cidade. Em São Paulo, os cariocas se esbaldam nas compras, restaurantes, e na vida noturna. Se prestassem mais atenção, não perderiam uma visitinha ao MASP, ao Museu da Língua Portuguesa, e às exposições de arte que rolam o tempo todo, basta seguir os guias da Folha de S. Paulo e do Estadão que saem sexta-feira. Enfim, queridos, chega de nos comportarmos como vizinhos azedos, brasileiros e argentinos, vamos nos curtir sem culpas. Somos todos maravilhosos! Abraços do Cavalcanti.


Comentários

Uma resposta para “Ponte aérea”

  1. Adorei ser chamado de blogueiro fofo! Muito bom te encontrar na “náite”. Abração.

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