Queridos, inicio esse texto preocupado, ao ler que houve mais um ataque contra homossexuais na Avenida Paulista, novamente filmado por uma câmera, mas sem que tenha, até esse momento, notícia de reconhecimento do agressor. Seguindo-se a forma de ataques já relatada outras vezes, novamente foi usado um soco inglês de ferro, daqueles criados exatamente para danificar ao máximo o rosto da vítima. Vocês estão acreditando no que estão lendo? Tenho medo até mesmo de ficar aqui sentado, escrevendo em minha casa, pois não sei o que me espera na próxima esquina. Será que a necessária, e maravilhosa, repercussão daquele ataque com lâmpadas de vidro, que levou quatro menores de idade a serem internados na Fundação Casa (o maior Jonathan Lautom Domingues ainda está solto), despertou uma ira revanchista, ou inspirou a matilha de pitt-boys contra nós? Como coibir essa situação? A promessa de mais policiamento até pode ter sido posta em prática, mas não foi capaz de impedir essa última agressão. Bastam alguns segundos para que homossexuais sejam brutalmente atacados, e eles sequer andavam sozinhos. Novamente, o agredido estava com mais três ao ser brutalmente atacado, e o agressor desapareceu rapidamente na escuridão da noite. O quê fazer? Quem tiver sugestões, ou soluções, por favor, manifeste-se nesse blog. Não li nada na imprensa, até agora, que me dê tranquilidade.
Está sendo programado um beijaço para a tarde do próximo domingo, aqui em São Paulo, em frente à doceira Ofner da Alameda Campinas, onde um casal gay teria sido destratado pelo segurança por estar de mãos dadas. Sempre fui a favor dos beijaços, acho uma forma maravilhosa de divulgação em massa de nossos pleitos, mas nem sei mais se essa seria realmente a forma, ou o momento correto de se agir. Teremos, sem sombra de dúvidas, espaço na mídia, imagens fofas, e marcaremos um ponto, mas qual será o verdadeiro efeito disso? Haverá uma resposta pior ainda dos homofóbicos? Muitos deles podem ir para a região para tentar ataques rápidos e sorrateiros. A polícia agirá? Esse é um post em que busco soluções, tento compreender o problema, peço sugestões, pois não as tenho. São Paulo não é mais uma cidade gay friendly, o pior lado da sociedade está se insurgindo contra nós, precisamos fazer algo, rapidamente. O quê? O Cavalcanti, desanimado, indaga. Abraços a todos.
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