Premiê da Argélia diz que canadense liderou sequestro em campo de gás

Foto Reprodução

Primeiro-ministro da Argélia, Abdelmalek Sellal afirmou nesta segunda-feira, dia 21, que um canadense liderou o sequestro de 800 funcionários de um campo de extração de gás em In Amenas, no sul do país, na semana passada. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com Sellal, os rebeldes envolvidos na ação vieram do norte do Mali, país vizinho da Argélia. O premiê também declarou que havia outro cidadão canadense envolvido na operação de radicais islamitas além do coordenador da ação.

O ataque teria sido feito como retaliação pelo fato da Argélia ter liberado o uso de seu espaço aéreo por aviões franceses. O país europeu está intervindo no Mali, onde os rebeldes se opõe ao governo local.

Sellal também afirmou que cidadãos do Egito, Mali, Níger, Mauritânia e Tunísia faziam parte do grupo de sequestradores que foram derrotados pelo exército de seu país. Segundo o político, 29 rebeldes foram mortos na ação, enquanto outros três foram presos.

O premiê também confirmou que 48 pessoas foram mortas na ação, sendo 11 argelinos e 37 estrangeiros. Sete reféns continuam desaparecidos no campo de extração de gás. Dos mortos confirmados estão seis filipinos, três britânicos, dois romenos, um americano, um francês e sete japoneses.

Autoridades afirmam que ainda há três japoneses, três britânicos, cinco noruegueses, quatro filipinos e dois malaios desaparecidos. Segundo Sellal, os militantes islamitas pretendiam explodir a usina colocando bombas em diversas áreas do local e cintos explosivos nos reféns.

Recentemente, o grupo Os Mascarados, ligado à rede terrorista Al Qaeda, afirmou que realizará novos ataques caso o exército da França não deixe o Mali. “Prometemos fazer novas ações se as autoridades que iniciaram a ocupação na região de Azawad (norte do Mali) não revertem sua decisão de entrar no conflito”, disse o grupo em nota.

Na última sexta-feira, dia 18, os militantes sugeriram a troca de dois reféns americanas que estão em seu poder por dois terroristas presos nos Estados Unidos. Outra proposta foi a de que a França se retirasse do Mali em troca dos franceses e britânicos mantidos prisioneiros pelo grupo.  As sugestões não foram aceitas pela Argélia, que enviou seu exército para atacar os rebeldes.


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