O ditador sírio Bashar al-Assad sofreu a baixa mais forte desde o início dos conflitos nesta segunda-feira, dia 6, com a deserção do primeiro-ministro sírio Riyad Hijab. Segundo informou um porta-voz de Hijab à TV Al Jazeera, ele se uniu à oposição e está “em um local seguro” com sua família.
“Eu anuncio hoje minha deserção do regime assassino e terrorista e anuncio que me uni ao grupo da revolução da liberdade e dignidade. Eu anuncio que a partir de hoje sou um soldado nesta abençoada revolução”, afirmou Hijab no comunicado lido em seu nome pelo porta-voz.
Mais cedo, a agência de notícias ANSA informou que Hijab afirma que todos os ministros querem deixar o governo. “Todos os ministros sírios querem desertar, mas têm uma pistola apontada para as têmporas”, disse.
Após o anúncio, a oposição organizada pelo Conselho Nacional Sírio (CNS) afirmou que o premiê cruzou a fronteira rumo à Jordânia, juntamente com dois ministros e três oficiais do exército de Assad que também desertaram. “Hijab, membros de sua família, dois ministros e três oficiais do exército cruzaram a fronteira na noite passada graças à coordenação entre a oposição síria e o Exército Sírio Livre”, disse Jalid Zein al-Abedin, membro do CNS.
Na manhã desta segunda, o canal de televisão oficial do país afirmou que o primeiro-ministro havia sido destituído de seu cargo.
Hijab, que é ex-ministro da Agricultura, foi escolhido como primeiro-ministro por Bashar al-Assad em junho, após as eleições parlamentares depois de quase um ano de protestos violentos contra o governo.
Assad nomeou Omar Ghalawanji como novo premiê.
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