Meu caro, de falta de realeza São Paulo não pode reclamar. Tivemos Sua Alteza Real o Príncipe Henry Charles Albert David (o nome inteiro é esse mesmo), e Morrisey. Não tenho o nome completo do vocalista dos Smiths, ídolo de minha geração. Sim, gostar dele demonstra idade, mas nunca roubei na minha (só na altura).
Harry é fofíssimo, aquele cabelo ruivo deve ter vendido milhares de vidros de tintura. Ele cumpriu um circuito oficial, mostrou como é ágil sobre um cavalo, seduziu até crianças pequenas, com as quais jogou rugby e vôlei, mas não mostrou nem um único centímetro a mais do corpo. Pena!
Já Morrisey fez shows em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e, domingo à noite, em São Paulo. Arrasou. Não é ídolo para as multidões de agora – quase todo mundo parece ter nascido nos anos 1980. Não consegui ir, os ingressos em SP acabaram muito rapidamente, e custavam caro. Quem foi jurou que valeu à pena
Treinadérrimo pela família Windsor, Harry não pisou na bola. Ele sabe evitar as gafes, e tirou nota dez no próprio Harry! Antimonarquista, mencionando a presença do príncipe, recomendou cuidado para que este não levasse nosso dinheiro.
Não importa. Adoro os dois. Harry, pelo corpinho e pelo sorriso, e Morrisey pelas músicas imortais, e pelo corpão, tão diferente dos gays musculosos que dominam a cena mundial. Em Reel Around the Fountain (não cantou ontem), diz: “Quinze minutos com você, oh eu não diria não!”. Sempre achei a frase feita para mim. Respeitando a realeza, ficaria até mais tempo com Harry.
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