Procuradoria de Delitos Informáticos espanhola abre investigação sobre espionagem

A Procuradoria de Delitos Informáticos espanhola decretou nesta terça-feira (29) a abertura de “diligências informativas” sobre as supostas escutas que a  Agência Nacional de Segurança (NSA) norte-americana possa ter realizado na Espanha.

Fontes judiciais citadas pela imprensa espanhola dizem que as “diligências informativas” são de “caráter mais geral e indeterminado do que seriam diligências de investigação”.

Trata-se, segundo as mesmas fontes, de averiguar inicialmente se há ou não matéria penal que deve ser investigada sobre esse assunto e se a Espanha tem ou não competência para levar a cabo essa investigação.

Na segunda-feira (28), o embaixador dos Estados Unidos em Madri, James Custos, comprometeu-se, perante o secretário de Estado espanhol para a União Europeia, Iñigo Méndez de Vigo  esclarecer quaisquer “dúvidas” sobre a suposta espionagem.

Custos foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros depois da polêmica em torno da alegada espionagem feita pelos Estados Unidos na Espanha.

Ontem, o jornal El Mundo veiculou reportagem segundo a qual, os Estados Unidos espionaram mais de 60 milhões de chamadas telefônicas na Espanha em apenas um mês – entre o final do ano passado e o início de 2013.

O jornal afirma que a confirmação da espionagem realizada pela NSA está expressa em um documento da agência intitulado Spain Last 30 Days (Espanha Últimos 30 Dias) que detalha o fluxo de comunicações interceptadas entre 10 de dezembro de 2012 e 8 de janeiro de 2013.

El Mundo adianta que se trata de documentos obtidos pelo jornal mediante um acordo exclusivo com o jornalista Glenn Greenwald, que tem divulgado documentos do ex-consultor de informática, Edward Snowden.


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