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Parados há 117 dias, os professores das universidades federais do Brasil decidiram continuar sua greve. A decisão foi tomada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) neste domingo, dia 9, que anunciaram por nota que das 30 associações sindicais que compõe o quadro, 17 votaram pela continuação da greve e 13 optaram pela suspensão.
Outras assembléias gerais serão realizadas de 11 a 13 de setembro, onde o sindicato se reunirá para tomar uma nova decisão. Enquanto a maioria dos sindicatos que compõe o Andes optaram pela manutenção da greve, outras universidades iniciam o retorno às suas atividades.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), 17 universidades federais e 5 campus da Universidade Federal do Tocantis devem retomar as aulas já na próxima semana. A Universidade Federal do ABC e a Universidade Federal de São Paulo também retornam suas aulas nesta semana.
Outras universidades que optaram pelo fim da greve foram as federais de Pernambuco, Bahia e Minas Gerais. Outras universidades que já haviam encerrado a greve são as federais de Brasília, de São Carlos, do Rio Grande do Sul, do Ceará e de Santa Catarina.
Esta é uma das mais expressivas greves da história da categoria. Das 59 instituições federais do país, 57 aderiam à paralisação. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Universidade Federal de Itajubá foram as únicas que não participaram da greve.
Segundo o MEC, mais de 500 mil alunos foram afetados em todo o país. Os professores lutam pelo reajuste salarial, melhores condições de trabalho e plano de carreira. Em contrapartida, o Ministério do Planejamento ofereceu em agosto uma proposta de aumento de 25% a 40%, assim como redução de níveis de carreira. A proposta foi aceita apenas pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes) que representa seis universidades federais do Brasil.
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