Meus caros, estou passado com a morte de Amy Winehouse, noticiada há pouco. Eu não gostava dela como cantora, já disse isso aqui, mas me irritava a torcida do povo para ver a menina se danar, tomando e cheirando todas. Pelo visto, ela estava decidida a se destruir, sua turnê pelo leste europeu foi um desastre, a ponto de ela abrir mão do cachê, depois de ser vaiada em Belgrado. Dizia-se que ela teria acabado de sair de uma clínica de reabilitação, não sei se é verdade, saberemos em breve, mas não funcionou. Pergunto a vocês: alguém conseguia ver felicidade nos olhos super pintados dela? Eu não.
Pelo visto a barreira dos 27 anos é fatal, mesmo. Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Jim Morrison, Kurt Corbain, Brian Jones (da formação original dos Rolling Stones), todos tinham essa idade. Não que faça diferença, só vai ajudar e levantar teorias espiritualistas, ou algo assim.
Pois o mundo gira, a Lusitana roda, e eu volto ao tema das drogas. Já falei de meu passado, adoraria poder alertar os outros para os perigos de ser junkie, como se ninguém soubesse, e como se isso evitasse. Vão me dizer que a própria Amy, saída de tantas clínicas médicas, não soubesse? Informação é só parte da história, todos sabem que as drogas são perigosas. Casos como o de Amy mostram uma autodestruição compulsiva, mais forte que a vontade de viver. Robert Downey Jr. é um campeão da reabilitação, Colin Farell também, e mais recentemente falei de Jonathan Rhys Meyers, que está internado. Mel Gibson, do time dos bebuns, voltou a pagar mico semana passada, mostrando-se evidentemente bêbado para alguns fotógrafos, e um grande nome do futebol brasileiro, Walter Casagrande Jr., deu um depoimento pesado na televisão, contando o drama dele com a cocaína. Exemplos tristes não nos faltam, não faltaram à Amy, mas não são suficientes, há que se querer viver. É uma luta pesada, acreditem.
Fernandinha Torres e Luiz Fernando Guimarães bem que poderiam reencenar a peça Deus é Químico, em que abordam o assunto. De minha parte, continuarei, sempre, a usar este espaço para falar, sem hipocrisia, desse tema. A vida é bela – vamos cuidar bem dela. Abraços do Cavalcanti.
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