No fim da tarde da última quinta-feira, 6 de junho, a Avenida Paulista, uma das mais importantes de São Paulo, virou uma verdadeira zona de conflito: de um lado, trabalhadores e estudantes indignados com o aumento no preço das passagens de ônibus, trem e metrô na cidade, hoje fixados em R$ 3,20; do outro, a Polícia Militar, que tentou de todas as formas reprimir os protestos com tiros de borracha e bombas de gás lacrimogênio.
Na página de Facebook do Movimento Passe Livre (MPL), articulação formada por estudantes e que está por trás da organização das manifestações, muitos relatos de protestantes revelam a violência da PM. “Eu estava no meio… eu trabalho e estudo cambada e tinha muita gente que também estavam na mesma situação que eu… não julguem na emoção… participem de uma manifestação e vão ver que no mundo não existe mais protesto pacífico porque simplesmente a polícia que nada mais é que marionetes para os governantes já chegam soltando bombas e bala de borracha comendo solta. Fomos recebidos a bombas de gás… e a galera continuou caminhando em nenhum momento entrou em confronto… andamos do Teatro Municipal até a Av. Paulista… paramos sim o trânsito para que as pessoas se conscientizem que estão sendo enganadas e roubadas”, comentou Ricardo Oshiro em um post que discutia a o confronto com a polícia.
No mesmo tópico, eram muito divididas as opiniões, apesar de uma parte apoiar as paralisações e o protesto, houve aqueles que reclamavam contra as ações dos manifestantes e outros que até questionaram seus motivos. A polícia se justificou falando que entrou em conflito apenas para defender a depredação causada por alguns.
O fotógrafo Pedro Chavedar esteve lá e registrou o conflito. Veja as fotos:
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Com o slogan “Se a tarifa não baixar, São Paulo vai parar”, a página convida para novo encontro na tarde dessa sexta-feira. O protesto dessa vez ocorrerá na região do Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, em frente ao Metrô Faria Lima. No “evento convite”, no Facebook, até o começo da tarde dessa sexta-feira, mais de 20 mil pessoas já confirmaram presença. A reportagem de Brasileiros também comparecerá para relatar, de fato, o que aconteceu.
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