Quem teve a felicidade de participar da homenagem prestada neste 25 de janeiro pela cidade de São Paulo ao mineiro José Alencar foi testemunha de que, depois das baixarias da recente campanha eleitoral e em meio às bandalheiras generalizadas denunciadas nos últimos dias, a política também pode ser nobre.
Ao final da cerimônia, pareciam todos felizes com o que tinham acabado de assistir no improvisado auditório montado no saguão da sede da Prefeitura no Viaduto do Chá. Enquanto Alencar era rapidamente retirado em sua cadeira de rodas por médicos e enfermeiros, políticos de todas as tendências conversavam como se fossem todos do mesmo partido.
“Este é o nosso Brasil, olha aí, hoje veio todo mundo, tem de tudo”, resumia com alegria o tucano histórico José Gregori, na garagem do prédio, no momento em que o ex-vice-presidente se despedia dos convidados para voltar ao hospital.
Foi um encontro ecumênico que emocionou a todos, deixando uma brava lição de coragem de alguém que luta para continuar vivendo e é capaz de sorrir mesmo nos momentos mais difíceis, reunindo à sua volta adversários políticos de todos os partidos.
A presidente Dilma, o ex-presidente Lula, o governador Alckmin, o vice Temer, o prefeito Kassab, petistas, tucanos, democratas e peemedebistas, ali eram todos apenas amigos de José Alencar, um raro exemplo de nobreza na vida política brasileira. Durou só uma hora, mas valeu o dia. Vida que segue.
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