Que bloco é esse?

Durante a Roma antiga, uma vez ao ano a ordem social era invertida durante sete dias de festas em homenagem ao deus Saturno. Os escravos podiam se comportar como homens livres e um, entre eles, era escolhido para que tivesse todas as regalias de um verdadeiro príncipe. Como a ideia satirizava a nobreza, as pessoas usavam máscaras e fantasias, e a festa era regada a bebidas e bagunça.

Toda semelhança dessa festa, chamada Saturnália, com o que chamamos Carnaval não é à toa. Passados mais de dois mil anos, essa é uma das festividades mais antigas de que se tem registro. Já foi proibida pela igreja católica, depois incorporada à religião, na forma de brincadeiras populares para a entrada do período da Quaresma. Ganhou ares sofisticados nos bailes de máscaras em Paris do século 19 e, hoje, é uma grande catarse coletiva em quase todas as cidades do Brasil.

Para brincar até a Quarta-feira de Cinzas, mergulhe nas opções que vão levar qualquer folião ao delírio. Mas, se preferir descansar, saiba aonde ir para ficar bem longe da festa.

Terra do frevo, ritmo contagiante, que nasceu com influências da marcha, do maxixe e da capoeira. Suas músicas rápidas são acompanhadas de instrumentos, como o acordeom, e dançadas em mais de cem passos quase acrobáticos. O Galo da Madrugada é considerado o maior bloco de Carnaval do mundo e a SpokFrevo Orquestra, um dos grandes expoentes do frevo. Além de o grupo tocar durante o Carnaval, ele já se apresentou em turnês nos Estados Unidos e na França, levando as plateias ao delírio. Não é para menos. É impossível ficar parado com o Carnaval embalado por grandes sucessos que vão de Frevo Sanfonado, de Sivuca, a Manguetown, de Chico Science.

Como chegar Acesso fácil por via aérea a partir dos principais aeroportos do País.

Quem leva A Intravel oferece pacotes de seis dias, saindo de São Paulo (www.intravel.com.br).

O Carnaval chegou ao Brasil com os portugueses, há mais de 300 anos. Era o Entrudo, onde homens livres e escravos saíam às ruas para se divertir jogando água, ovos e farinha uns nos outros. Entre os casarões da cidade, patrimônio cultural da humanidade, milhares de pessoas vão às ruas, juntando-se a um dos vários blocos caricatos que ainda guardam lembranças do passado. Os foliões tomam conta do Centro Histórico e são animados com a percussão de ritmo forte que começa no sábado de manhã e só para na Quarta-feira de Cinzas.

Como chegar A partir de Belo Horizonte. Por via terrestre,  são cerca de 300 km pela  rodovia BR-040. Por via aérea,  Total Linhas Aéreas opera com voos às sextas e domingos.

Quem leva A agência Juca na Balada, especialista em viagens para festas, oferece pacotes  saindo de São Paulo e do Rio. O transporte é rodoviário (www.jucanabalada.com.br).

Cercada de rios e florestas de Mata Atlântica, a cidade guarda suas tradições folclóricas e musicais desde as antigas festas do Divino, Congadas, Cavalhadas e Bailes Juninos – e, desde a década de 1980, tornou-se famosa em todo o Brasil pelos concursos anuais de marchinhas e pelas festas animadas em que samba e axé são terminantemente proibidos. As letras são simples e fáceis de aprender.  Vale lembrar que a cidade já está reconstruída depois das enchentes que destruíram parte dos casarios antigos.

Como chegar De carro ou ônibus pela BR-101 (Dutra). Quem leva Ecotrips oferece roteiro de 8 a 12 de fevereiro, saindo de São Paulo (www.ecotripsbrasil.com.br).

Quem leva Ecotrip oferece roteiro de 8 a 12 de fevereiro, saindo de São Paulo (www.ecotripbrasil.com.br).

O carnaval baiano leva milhares de pessoas às ruas, que seguem atrás dos trios elétricos que tomam conta da cidade. Mas, longe deles, os blocos afros fazem um Carnaval à parte. O Ilê Aiyê, conhecido como o mais belo dos belos, é o bloco afro mais antigo de Salvador. Todos os anos, na ladeira do Curuzu, no bairro da Liberdade, os foliões fazem um ritual pedindo paz e felicidade aos orixás para depois dar início à festa. Desde a primeira apresentação, o Ilê mostra ao mundo a musicalidade negra, preservando e valorizando a rica cultura africana.

Como chegar Por via aérea, a partir dos principais aeroportos do País.

Quem leva A CVC oferece pacotes para o Carnaval, incluindo a possibilidade de compra dos abadás (www.cvc.com.br).

É bem longe da Sapucai que o Carnaval carioca mostra o quanto é capaz de agregar todos os ritmos musicais. A festa de rua ali guarda suas raízes da época em que Ô Abre Alas foi a primeira música composta especialmente para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro, em 1889, por Chiquinha Gonzaga. A partir de então, a festa cresceu e se diversificou. Hoje, nas ruas de Botafogo, o Bloco do Sargento Pimenta toma emprestado o nome de um dos discos mais influentes do rock e mistura, com batucada forte e arranjos incríveis, Beatles e samba. É um grande espetáculo de cores e sons, que leva uma multidão ao delírio com as letras de músicas como All my Love e Yellow Submarine.

Como chegar Por via aérea (há grande fluxo de voos. Portanto, programe-se). Por via terrestre, há ônibus que partem das principais cidades do País.

Quem leva Top Brasil oferece pacote de seis dias e cinco noites (www.topbrasiltur.com.br).

 

As vinícolas da região do Vale dos Vinhedos, nesta época do ano, realizam a coleta das uvas e abrem suas portas para a visitação aos parreirais. Famosas pelos chocolates, cafés coloniais e bela natureza, as cidades de Gramado e Canela oferecem conforto e tranquilidade, embora os clubes promovam bailes de Carnaval e os blocos de rua não deixem ninguém se esquecer da data. A gastronomia da região tem destaque para as cozinhas alemã e italiana, tradicionais colônias gaúchas. Para as crianças, a casa do Papai Noel de Gramado e as atividades ao ar livre são atrações.

Como chegar A região fica a cerca de 115 km de Porto Alegre. O acesso à Serra é facilmente feito por carro ou ônibus, que partem diariamente da capital gaúcha para Gramado e Canela.

Quem leva – Citral (www.citral.tur.br), Expresso Caxiense (www.expressocaxiense.com.br) e Wendling (www.wendling.tur.br).

Um pedaço do paraíso fica no município de Salvaterra, na Ilha do Marajó, a maior ilha fluviomarinha do mundo, banhada pelos rios Amazonas e Tocantins e pelo Atlântico. O passeio é longo, mas vale a pena. A Fazenda do Carmo foi transformada em hospedaria. Mas, apesar de ter virado pousada, a fazenda continua funcionando normalmente, dando aos visitantes a chance de viver o dia a dia de uma tradicional casa marajoara. Passeios de búfalo, observação de jacarés, caminhadas na mata, banho no lago represado do Rio Camará e a comida de excelente qualidade fazem qualquer um relaxar à vontade.

Como chegar A partir  de Belém, o acesso até  a fazenda pode ser feito  de barco ou avião. De barco, são cerca de três horas de navegação até o Porto Camará. De lá, pega-se um carro que deixará o visitante à margem do Rio Camará, onde seguirá de voadeira (mais ou menos uma hora)  até a fazenda.

Quem leva Rumo Norte Expedições e Kaluanã  Vida ao Ar Livre  (www.rumonorte.tur.br).

A leste, o Mar do Caribe, a oeste, o Oceano Pacífico. Costa Rica, na América Central, é um país lindo em belezas naturais, que vale a pena ser degustado em qualquer época do ano. Em 2012, foi eleito o 5o país no ranking mundial de índice de desenvolvimento ambiental, o mais bem classificado entre todas as nações do continente americano – a Colômbia aparece na 27a posição. Com esse potencial, grande parte do turismo está direcionada para a ecoaventura: rafting, tirolesa, mergulho, caiaque, passeios a cavalo, trilhas e visitas a vulcões são apenas uma das atividades mais procuradas pelos visitantes. O surfe também é muito praticado durante o ano inteiro. Segundo especialista, das dez praias paradisíacas da América Central, cinco estão no país, entre elas, as três mais belas da lista são Santa Teresa, Samara e Tamarindo (foto), todas tendo o Oceano Pacífico como horizonte. Se estiver por lá, não deixe de passar na cidade de Puntarenas, onde, em fevereiro, acontece uma festa folclórica com música latina, máscaras, fogos de artifício e muita comida típica. A farra começa no dia 10 e se arrasta por dez dias.

Como chegar Por via aérea, no aeroporto Internacional Juan Santamaria. A praia de Santa Teresa fica a 150 km de San José, capital do país. Samara é mais distante, cerca de 240 km, mas o acesso é tranquilo. Tamarindo fica a 275 km da capital, mas há voos de San José para as praias.

Quem leva Andarilho  da Luz (www.andarilhodaluz.com.br) e Vectra Viagens (www.vectraviagens.com.br)

A pequena cidade fica na província de Neuquén, na Patagônia Argentina, a 150 km da agitada Bariloche. Mas, ao contrário da vizinha, é destino de sonho também no verão, apesar de San Martín ter uma das estações de esqui mais tradicionais do país. Encravada na Cordilheira dos Andes, a cidade surgiu como uma vila turística. Com o passar do tempo, cresceu e hoje oferece uma variedade de atividades ao ar livre: canoagem, vela no Lago Lacar (imperdível), cavalgadas, trekking, turismo de aventura, pesca e caça. Estando por lá, percorra (em carro ou ônibus) o Lago Lolog (a 12 km de San Martín) e a Villa Quinna (18 km), que são pontos inesquecíveis. Como é verão, uma boa ideia é fazer o circuito dos Sete Lagos, que pode ficar interditado no inverno por causa das nevascas. Os pratos locais são preparados à base de carne de veado ou javali, mas também são muito saborosas as pierradas, um conjunto de verduras cozidas.

Como chegar Por via aérea, no aeroporto de Chapelco.

Quem leva Horizon Tour (www.horizontour.com.br).

Essa maravilha natural fica na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. Delimitado por falésias de cerca de mil metros de altura, seu platô é um ambiente totalmente diferente da floresta tropical e da savana que se estende a seus pés. Descoberto no século 19, o Monte Roraima foi escalado pela primeira vez em 1884, por uma expedição britânica. A história de uma dessas incursões inspirou Conan Doyle a escrever o livro O Mundo Perdido, em 1912. Destino ideal para quem quer passar o Carnaval fazendo escaladas e caminhadas.

Como chegar A partir de Boa Vista, capital de Roraima.

Quem leva Ambiental Turismo (www.ambiental.tur.br).


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