Hoje tem amistoso Brasil e Itália, expectativa de grande jogo. Para muitos, o maior clássico do futebol mundial.
Quando se fala na história desse confronto, é impossível, para ambos os lados, não lembrar de dois jogos épicos. Um nos fará sorrir para sempre, o outro, a mais doída das derrotas em toda a trajetória tupiniquim.
Pela ordem cronológica, vamos lembrar antes da magnífica final da Copa do Mundo de 1970, no México. O Brasil vinha arrasador, terminou a primeira fase com 100% de aproveitamento em grupo complicado, que tinha Tchecoslováquia, Romênia e Inglaterra. Nas quartas-de-final (naquela época a competição não tinha oitavas-de-final) bateu de forma convincente a sensação do torneio, o Peru de Cubillas, e na semi ganhou bem de mais um adversário difícil, o Uruguai. A Itália vinha desacredita, na fase de grupos empatou com Uruguai e Israel, ganhou apenas da Suécia, e passou no sufoco. Na sequencia, a única boa vitória, sobre os donos da casa por 4 a 3. Na sequencia, um jogaço contra a Alemanha, vitória por 4 a 3 na prorrogação.
Quando o juiz alemão Rudolf Gloeckner deu o apito inicial no estádio Azteca na tarde de 21 de julho de 1970, poucos acreditavam que, após 90 minutos, os italianos pudessem sair com a vitória. Logo aos 18 minutos, o Rei do Futebol, Pelé, tratou de começar a festa, cabeceando firme, para o chão, como mandam os manuais. O restante da partida foi uma aula de futebol, 4 a 1 para o Brasil, que se tornava o primeiro tricampeão mundial do planeta.
12 anos depois, na Espanha, os dois países se cruzavam novamente em uma fase decisiva de Copa, na segunda fase, com situação muito semelhante. A Itália se classificou por um milagre. Empatou os três jogos da primeira fase e só passou por te feito um gol a mais que Camarões. O Brasil encantava o mundo com um futebol vistoso, bonito e eficiente. Comandados por Telê Santana, os craques Zico, Sócrates, Falcão e companhia eram considerados já os virtuais campeões, ninguém acreditava que aquele time poderia ser batido. Ninguém não, tinha uma pessoas que acreditava, seu nome era Paolo Rossi. O atacante italiano nunca foi muito mais que um bom jogador, longe da estirpe dos craques brasileiros. Mas, tem coisas que só acontecem no futebol. O Brasil vacilou muito, a Itália foi competentíssima e, em três chances, Rossi balançou as redes em todas elas. Placar final, 3 a 2 Itália.
O jogo da tarde de hoje, 21 de março, na Suíça, é diferente. Felipão tem seu segundo desafio após sua volta e tenta achar seu time perfeito. A proximidade da Copa do Mundo de 2014 não permite que o pentacampeão faça muitos testes, então, é possível deduzir que o time que enfrentará a Itália seja praticamente o que vai em busca do hexa ano que vem, com algumas mudanças, é claro.
A Itália parece um pouco mais madura e definida. Na Eurocopa do ano passado, apesar da derrota na final para a Espanha por 4 a 0, a Azurra fez bela campanha, eliminando na semifinal a forte seleção da Alemanha, por 2 a 1, com show do craque problema Balotelli, grande esperança de gols dos italianos.
Em campo hoje em Genebra, nada menos do que nove Copas do Mundo, cinco para o lado brasileiro e quatro para os italianos, as duas seleções mais vitoriosas do futebol. Clássico imperdível!
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