A dança diplomática no funeral de Nelson Mandela foi intensa. Cerca de cem chefes de Estado ou governo – atuais ou aposentados – estiveram presentes.
As imagens do presidente dos Estados Unidos Barack Obama apertando a mão do presidente de Cuba Raúl Castro deram o que falar. Analistas ousaram ao afirmar que talvez poderia ser um gesto que traz a perspectiva de descongelamento das relações entre os Estados Unidos e a Cuba. A Casa Branca se “defendeu” dizendo que o aperto de mão entre Obama e Raúl não foi planejado.
Outra cena polêmica envolvendo o mandatário norte-americano, foi registrada pelo fotógrafo da AFP Roberto Schmidt. Na arquibancada do estádio, a primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning Schmidt, em companhia de David Cameron e Obama, segura o smartphone e tira um selfie dos três – sorrindo. A primeira dama Michele Obama aparece na sequência de fotos com expressão séria e constrangida – já que se tratava de uma cerimônia fúnebre. #vergonhaalheia
Outra foto que circulou nas redes sociais e causou furor foi a do vocalista do Bono Vox com a do ex-presidente norte-americano George W.Bush.
A cerimônia de homenagem a Nelson Mandela deixou indignados os surdos da África do Sul que nesta quarta-feira (11) denunciaram o intérprete dos discursos como um impostor que não conhecia a linguagem do sinais. “A comunidade de surdos da África do Sul está ofendida. Ele estava basicamente gesticulando. Ele não seguiu nenhuma das regras de gramática e de estrutura da língua. Ele simplesmente inventou os seus sinais”, afirmou Delphin Hlungwane, intérprete oficial da Federação de Surdos da África do Sul. Abaixo um gif da situação.
Brasil e França – Conhecidos rivais François Hollande e Nicolas Sarkozy desembarcaram juntos. A presidente Dilma Rousseff viajou acompanhada dos ex-presidentes Lula, Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Fernando Collor de Melo.
Ausências – O prêmio Nobel da Paz Dalai Lama não compareceu. Ele teve por duas vezes o visto negado para a África do Sul. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e o presidente do país, Shimon Perez, também preferiram ficar em casa – alegaram custos, segurança e questões de saúde. Mas o motivo real pode ser o temor de protestos contra Israel em meio à multidão, já que – além dos antigos laços de Israel com o regime do apartheid – Mandela era um grande apoiador da causa palestina.
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