
Ainda assim os jurados decidiram que Michelangelo fora o vencedor, o que devastou Leonardo, que de tão desencantado foi trabalhar na França. Michelangelo continuou sua carreira dividido entre Florença e Roma, deixou-nos a Capela Sistina, esculturas em mármore deslumbrantes, e muito mais. Leonardo nunca fez por menos, foi um dos maiores gênios que conhecemos, enfim, eram homens maravilhosos, mas diferentes. Um livro contando a história desse fantástico duelo foi lançado esta semana na Europa, estou louco para ler. Por fim, mas não por menos, é delicioso lembrar que Leonardo era um notório homossexual, vivia uma relação escancarada com seus pupilos, a um deles deu nada menos que a Mona Lisa de presente. Michelangelo também, ao final da vida, apaixonou-se perdidamente por um nobre romano chamado Tomaso Cavalieri, declarou-se a este em cartas lindas, sobre as quais já falei aqui. Cavalieri não se incomodou, pelo contrário, trabalhou com o artista até a morte deste. Belíssimo momento da história da humanidade, marcou nossa cultura até hoje, mais de 5 séculos depois. Reality shows eram assim. Abraços do Cavalcanti.
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