“Refugiados deportados devem voltar às zonas de guerra”, diz ministro alemão

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Herrman pediu o fim da dubla cidadania para refugiados e a proibição do uso de burcas na Alemanha. Foto: reprodução Facebook

“Imigrantes que tiveram o visto negado na Alemanha deviam ser deportados para zonas de guerra no Afeganistão”, disse o ministro do interior Joachim Herrmann em entrevista ao tabloide Bild. Ele ainda afirmou que os imigrantes deviam ir para o norte do Afeganistão ajudar os soldados alemães que estão na região lutando por “paz e liberdade”.

Em resposta aos dados publicados recentemente, que mostram que 80% dos refugiados apreendidos pela polícia não tinham passaporte, Herrmann pediu mais atenção na verificação dos documentos dos imigrantes. “Alguém cuja identidade não é suficientemente clara não deve ser autorizado de circular na Alemanha. Aqueles que chegam sem documentos ou não podem provar a sua identidade devem ser deportados”, acrescentou.

O CSU ( União Social Cristã), partido de Herrmann, vai publicar um documento de estratégias para lidar com os refugiados, propondo uma série de medidas que visam restringir a política migratória do governo. Uma das exigências é que Alemanha aceite um número máximo de 200.000 asilos por ano

De acordo com um relatório divulgado pelo Instituto Kiel, neste ano a Alemanha deve receber cerca de 300.000 refugiados, uma queda considerável em relação a 2015, quando o país recebeu mais de um milhão. Ainda de acordo com um relatório, o governo deve gastar 20 bilhões de euros, o equivalente a 1,4% do orçamento nacional.

O documento também pede o fim da dupla cidadania e a proibição da burca.  “Quem quiser continuar usando burca pode procurar outro país para viver,” o CSU diz no documento que as medidas servem para defender “valores alemães” contra o multiculturalismo.  

O CSU é uma força política dominante no sul do estado da Baviera. Angela Merkel, que deve se candidatar reeleição no próximo outono, conta com o apoio da CSU. Até agora, o partido não se manifestou se vai apoiar a campanha da chanceler. 

Com The Guardian


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