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Após um recesso de meia hora, o relator do julgamento do mensalão, o ministro do STF Joaquim Barbosa, deu continuidade à leitura do seu parecer sobre os 23 réus que começaram a ser julgados hoje na sessão que inaugura a parte do processo que trata do “núcleo político” do esquema de corrupção.
Já no início da exposição, Barbosa falou sobre a acusação de lavagem de dinheiro imputada aos réus ligados ao PP: Pedro Henry, Pedro Corrêa e João Cláudio Genu. De acordo com o ministro, “a acusação dos réus foi feita tendo em vista a metodologia por eles empregada para receber os recursos do PT com aparência lícita e utilizá-los em fins particulares”.
Segundo o relator, utilizando o esquema de lavagem de dinheiro “oferecido pelos réus do núcleo publicitário”, os acusados fraudaram o sistema bancário e embolsaram milhões de reais de fonte ilícita para uso particular. “Utilizando-se desta lavagem, os réus receberam milhões de reais em espécie por eles solicitado ao PT sem deixar nenhum rastro no sistema bancário no País”, disse Barbosa. “Corrêa, Henry e Janene, com auxílio de Genu, dissimularam a natureza dos valores milionários, bem como ocultaram os reais beneficiários destas quantias”, completou.
O esquema era executado pelo assessor João Claudio Genu que buscava as quantias pessoalmente com a ex-diretora administrativa da SMP&B, agência de Marcos Valério, Simone Vasconcelos, para depois distribuir entre os nomes indicados. “Muitos valores ficaram no nome de Simone, caracterizando lavagem de dinheiro”, explica o ministro. “O conjunto de perícias confirma a tese acusatória. Está comprovada, assim, a prática do crime de lavagem dos parlamentares do PP com auxílio do assessor Genu”, disse Barbosa.
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