Relatório mostra lucro de milícia com transporte no Rio

Um relatório de organizações não-governamentais (ONGs) brasileiras e internacionais enviado à Organização das Nações Unidas (ONU) constatou o controle do transporte público por milícias no Rio de Janeiro, que lucram cerca de R$ 60 milhões por ano. Os dados enviados à ONU são conclusões de uma CPI da Assembleia Legislativa do Rio, em dezembro de 2008, na qual também foram identificadas 226 pessoas como milicianas na cidade.

Agora, a ONU vai avaliar os dados. O governo brasileiro admitiu, em resposta à entidade, que a violência policial é um dos principais problemas no País, mas garante está tomando medidas para enfrentar a situação.

Sobre a participação das milícias no Rio, especificamente no setor de transportes, foi constatado que as empresas que querem atuar na área, principalmente as informais, são obrigadas a pagar uma contribuição aos criminosos. Quem não entra no jogo dos grupos milicianos, formados por policiais, ex-agentes de segurança, soldados e até bombeiros, é simplesmente morto. Além disso, cada vez mais crianças são obrigadas a trabalhar para os grupos, vendendo bilhetes para vans e miniônibus que circulam pela cidade.

Cada vez mais, o problema da violência no Rio torna-se insustentável e de difícil solução. A cada dia, surgem novos grupos envolvidos com o crime. Além dos grupos de tráfico de drogas e armas, agora são milícias que controlam outros setores da economia e ameaçam comunidades inteiras na base da força, da coerção. O relatório das ONGs tem constatação clara: assim como ocorre com os grupos do tráfico, a atuação das milícias existe onde o Estado está ausente. Até quando o Estado estará ausente?

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