Retratos de um Brasil não-cristão

Para Melany e Paloma, preparativos para o Natal em nada lhes tomam o tempo. Não fosse pelo vermelho e branco inevitáveis da decoração das ruas, o dia 25 de dezembro seria apenas mais um no qual buscam na agulha da bússola a direção de suas cidades sagradas. Para onde aponta o leste, elas se voltam diversas vezes ao dia e entoam suas orações. Para Melany, brasileira, judia ortodoxa, seguidora da Torá, o sentido é Jerusalém. Para Paloma, neta de libaneses, muçulmana, devota dos dizeres do Alcorão, o rumo é Meca.

Brasileiras, nascidas na segunda maior nação cristã do mundo, Melany e Paloma são devotas de duas minorias religiosas, em números, mas sólidas nos vínculos sociais e tradições. Não é exagero dizer que a segunda casa de Paloma é a mesquita e a de Melany, a sinagoga. As duas aprendem um segundo idioma, ambos de origem semita, por questões religiosas. Para desfrutar dos ensinamentos do judaísmo, Melany vem aprendendo o hebraico e, para ler o Alcorão, Paloma resgata o árabe. Línguas nas quais as cerimônias religiosas são obrigatoriamente realizadas.
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Nas vestes, ambas seguem as orientações de recato. Paloma é quem mais chama a atenção com seu belo rosto de 25 anos torneado pelo véu desde os 14. E Melany, uma bela médica neurofisiologista de 45 anos, também desperta curiosidade entre os que sabem que os fios brilhantes e castanhos não são seus, mas sim efeitos de uma peruca, recurso usado por judias ortodoxas para não mostrar os cabelos nas ruas.

Acompanhar pela primeira vez um ritual religioso em um templo israelita ou islâmico é como entrar num país desconhecido, ouvir outra língua e se perder por ruas sem guias, sem mapas. Um mergulho por trás das fachadas discretas das sinagogas e dos minaretes das mesquitas brasileiras permite uma viagem pela tradição religiosa e pela identidade de dois povos que vagam entre o anonimato de seus costumes e a ampla exposição na mídia internacional. Uma identidade cultural que as famílias de Paloma Zalzale, de Melany Torres, de Elka e Michel Freller e dos marroquinos Nadia e Ibrahim Errguybi ajudam a contar.

Ao lado de Melany, Elka e Michel, existem outros 15 milhões de pessoas no mundo, sendo 100 mil no Brasil, que comemoraram em setembro a entrada do ano 5768. O calendário judaico começa no sétimo dia após a criação do mundo por Deus. Já o número de muçulmanos, como Paloma, Ibrahim e Nadia, que seguem o calendário islâmico e estão no ano 1428, contados a partir da Hégira, a fuga do profeta Mohammad de Meca para Medina, é incerto. Aliás, a tradução do nome do profeta, Maomé, não é bem aceita pela comunidade islâmica.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do ano 2000 apontam para a existência de 30 mil devotos do Islã no País, mas em sua comunidade fala-se em algo como 1,5 milhão. O número elevado encontra eco diante do crescimento do Islã no mundo, com mais de 1,4 bilhão de adeptos. Em templos, os números são semelhantes por aqui: cem mesquitas e cem sinagogas. São Paulo é a cidade de maior concentração de ambas as religiões. E há uma significativa presença das duas na região Sul, com destaque para os muçulmanos de Foz do Iguaçu (PR) e para os judeus do Rio Grande do Sul.

Identidade e conversão judaica
Nenhuma outra religião tem uma definição de identidade tão precisa quanto o judaísmo. Judeu não é aquele que se declara, mas sim todo nascido do ventre de uma mãe judia, praticante ou não. Um ateu, por mais estranho que possa parecer, se é filho de mãe judia, é um judeu. “Mas o judaísmo anda por inúmeros tons de cinza”, assim elucida Michel Freller, ao falar das correntes diversas do judaísmo. Nada mais natural em uma religião milenar que, diversas vezes perseguida, caminhou pelo mundo.

Michel, 48 anos, consultor para o terceiro setor, e Elka, 47, arquiteta, conheceram-se na comunidade judaica da Congregação Israelita Paulista (CIP) – ali namoraram, casaram-se e tiveram filhos. Integram uma corrente que, apesar de proclamada como conservadora, é mais aberta às discussões sobre as regras judaicas. E independentemente da corrente, a família se permite fazer ajustes não só ao estilo de vida brasileiro, mas também ao que julgam adequado. Mas a liberdade em nada afasta a família da tradição judaica. Participam da vida do grupo e da sinagoga tanto quanto a ortodoxa família de Melany, que freqüenta a Sinagoga Mishcan Menachem, no Jardim Paulista, bairro paulistano.

Se para Alfredo Torres, marido de Melany, judeu convertido, a barba, o chapéu e as vestes rapidamente o identificam, para Michel, o uso de outro ícone tão forte do judaísmo, o quipá, que serve para lembrar a presença de Deus acima de todos, hoje se restringe à sinagoga. “Já usei diariamente quando jovem, mas depois que voltei de Israel parei. O que me importa é a identidade e os valores judaicos.”

Seguindo a tradição, na casa de Elka e Michel não há carne de porco e não se mistura carne com leite, como consta na lei de Cashrut, que rege a comida casher, ou seja, que define quais e de que forma os alimentos devem ser consumidos. A restrição à mistura vem da Torá, na qual está escrito: “Não cozerás um cabrito no leite de sua mãe”. E assim, com base nas palavras sagradas, foi estabelecido um grande conjunto de recomendações judaicas, que podem chegar a uma alta complexidade.

Comida e tradição
Na casa de Melany, comida só com ampla supervisão do rabinato, sem exceções. Quando visita parentes que não seguem a alimentação tradicional à risca, leva as refeições adequadas e consome tudo em pratos descartáveis, pois não são apenas os alimentos que não podem ser misturados – os utensílios também não se mesclam. Antes de provar a Coca-Cola, faz uma bênção; depois, uma oração diferente antes da salada. “Para cada alimento tem uma oração, dependendo de sua origem. Se fosse algo à base de trigo, seria outra”, explica ela.

O judeu reza três vezes ao dia, em direção a Jerusalém, mas, tal como demonstra Melany durante um almoço casher, as orações são infinitas. Rezam ao acordar, ao sair do banheiro, antes de dormir. E demonstram gratidão e atenção plena diante de gestos e ações corriqueiros. Além da reza, ainda há uma série de rituais cotidianos, como lavar as mãos três vezes ao sair da cama. A rigidez com a qual cumpre os atos religiosos não se reflete no rosto de Melany. Seu recato não é nada sisudo e ela sorri levemente o tempo todo.

Os tons de cinza entre as famílias Freller e Torres ficam mais evidentes em detalhes domésticos. Na casa de Michel e Elka, não há separação de panelas e talheres para o leite e para a carne e eles também comem carne de açougues tradicionais. Na de Melany e Alfredo, cada coisa tem seu lugar: além dos utensílios distintos, existem duas pias, duas geladeiras e dois fogões. Uma para a carne, outra para o leite.

Entre o final da tarde de sexta e o início da noite de sábado, dia do Shabat, o símbolo máximo da fé judaica, que representa o dia de descanso de Deus, Melany segue todas as leis à risca: não anda de carro, nem usa elevador, não aciona nenhum comando elétrico. Para ir à sinagoga, tem de ser a pé. O mesmo vale para as festas judaicas, que são dez por ano: pára de trabalhar em todas elas. Em contraposição, os únicos dias em que Michel não trabalha são no Rosh Hashaná (Ano-Novo) e no Yom Kippur (Dia do Perdão): “São nossas grandes datas. Fora isso, trabalho normalmente”, contrapõe Michel.

Elka e Melany pertencem a matizes de cinza distintos quando buscam seus lugares na sinagoga. Melany fica no salão das mulheres, separadas dos homens por um biombo de treliças. Na Congregação Israelita Paulista, Elka pode optar pelas filas separadas por sexo ou pela coluna do meio, onde as famílias podem sentar-se juntas. Aos sábados, participa de uma cerimônia igualitária, na qual homens e mulheres têm exatamente as mesmas possibilidades, como ler a Torá em pergaminho. “Acho importante que cada um escolha o que acha certo. Tem mulheres que preferem sentar-se na coluna feminina; eu sempre quis estar com a minha família”, são palavras de Elka.

Para Melany, sentar-se separado vai além de um cuidado para não tirar a atenção dos homens da oração: “Está escrito que as mulheres têm mais preparo espiritual. Não existe machismo na separação, mas o homem precisa rezar mais e a mulher, como centro do lar, é reconhecida como uma peça fundamental nas tradições”. Durante as rezas, é comum observar entre os homens vários momentos em que o balançar do corpo é contínuo. A técnica auxilia na concentração.

Também é judeu aquele que se converte ao judaísmo, um processo altamente complexo que requer, após a aceitação da comunidade, um preparo de pelo menos um ano. Alfredo passou duas vezes pela provação. Filho de uma família católica colombiana, a primeira conversão foi há 20 anos, quando se casou com Melany, e a outra, há quatro anos, quando ambos decidiram fazer a Teshuvá – o chamado retorno para a religião, processo pelo qual se tornaram ortodoxos. E é bom lembrar que, mesmo entre os ortodoxos, também existem matizes.

O novo modo de vida, tão cheio de regras, desperta a curiosidade de amigos e familiares. “Me perguntam de onde vem tanta certeza para mudar e ter criado um novo estilo de vida. Minha resposta é que foi a fé na Torá que garantiu a sobrevivência do povo judeu na história, que possibilitou à raça atravessar tantas dificuldades e não ser extinta como outros povos antigos, mais numerosos e mais fortes. A Torá tem origem divina”, diz Alfredo. Melany sabe que muita coisa mudou em sua vida e, em vigília constante, diz ao fotógrafo, quando este lhe estende a mão ao chegar: “Me desculpe, mas eu não dou as mãos”. Entre os mais religiosos, judeus e também muçulmanos, homens e mulheres só se tocam quando existem laços de família. Quando uma mulher chega a uma mesquita e não sabe os costumes do Islã, os homens são rápidos em levar a mão ao peito e fazer uma reverência.

Os passos do Islã
Se no judaísmo a conversão é complexa, no Islã, quem se identifica com a crença do povo que segue os passos do profeta Mohammad pode tornar-se muçulmano em menos de um minuto: basta a convicção em pronunciar em árabe a frase: “Não há divindade além de Allah, e Mohammad é seu profeta”. Depois vem a disposição para enfrentar um amplo aprendizado de novos costumes, estudos e crenças. É isso o que provavelmente Ibrahim Errguybi vai explicar a um rapaz que chega à secretaria da Mesquita de Santo Amaro, na zona Sul de São Paulo, pedindo informações sobre a religião muçulmana.

Se optar pela conversão, em algum momento o rapaz será informado a respeito de novos hábitos alimentares. No Islã, as regras alimentares levam o nome de halal, que aponta o que é lícito. Carne de porco, assim como no judaísmo, está proibida para os muçulmanos. O consumo de carne de vaca, carneiro e frango é permitido, desde que os animais tenham sido abatidos de acordo com os rituais: voltados para Meca e pelas mãos de um muçulmano treinado e que já tenha atingido a puberdade, que pronuncia Bismillah (“Em nome de Allah”) na hora do abate.

Numa cidade como São Paulo, há um número considerável de opções casher para judeus, principalmente em bairros como Santa Cecília e Bom Retiro. Já os açougues de carne halal ainda são poucos e restringem-se às redondezas de mesquitas, como na região de Santo Amaro, e no bairro do Brás, na capital paulista, onde vivem muitos árabes, principalmente libaneses – cerca de 90% dos muçulmanos do Brasil vieram do Líbano. Ibrahim, 40 anos, e Nadia, 38, que acabam de se mudar para uma casa no pátio da Mesquita de Santo Amaro, são marroquinos. “Se não acho a carne industrializada halal, compro a normal. Estou no Brasil; aqui é bem diferente do Marrocos. Vivendo num país cristão, é permitido comer o mesmo que católicos, que judeus”, revela Nadia.

É o mês sagrado do Ramadã, este ano em setembro. O casal, a exemplo dos demais muçulmanos que chegam para a reza sagrada de sexta-feira, observa um jejum de alimentos, água e relações sexuais entre o amanhecer e o pôr-do-sol, por 30 dias. Com a meta de um dia terem um filho nascido em terras brasileiras, eles se adaptaram rapidamente ao Brasil. Inquieto no cargo de servidor público no Marrocos, Ibrahim veio primeiro, há cinco anos. Nadia chegou depois de um ano. No início, ela era só choro de saudade da família numerosa. Sabia que despertava curiosidade e cansou de ouvir perguntas sobre a novela O Clone, que espera um dia poder assistir. Não tirou o véu, não abandonou as cinco rezas diárias em direção a Meca, mas trocou os longos vestidos típicos, a jaballa, por calças e blusas longas, criando assim sua versão brasileira de vestuário árabe. “Lá eu trabalhava como professora de Língua Árabe, aqui cuido da casa. Não aceitava muito no começo, mas agora gosto muito do Brasil. Para o Ibrahim é ótimo; ele é agitado e lá tudo era meio parado. Ele combina com o Brasil”, brinca.

Ibrahim conseguiu, há poucos meses, um emprego de secretário executivo da Mesquita de Santo Amaro, onde também teve seu primeiro emprego no Brasil, como vigia. O cargo combina com seu perfil, pois é solicitado o tempo todo. Atende três pessoas ao mesmo tempo e puxa da memória sua história para esta entrevista, sem perder o fio da meada.

“Você tá viajando na maionese”, fala ao telefone. Bom nas gírias, migra do árabe para o português com uma facilidade impressionante. Lembra da sólida formação que teve na escola pública de Marrocos: além do árabe, fala francês, inglês e um pouco de italiano. O português não foi muito difícil. “É parecido com o francês.” A facilidade com idiomas o levou de vigia a tradutor de um serviço de notícias para um site de negócios internacionais da Gazeta Mercantil. O projeto acabou e voltou à mesquita, agora como secretário. “No Islã temos ferramentas para evoluir. Estudo para, quem sabe, um dia ser xeique.” Exibe um livro grosso, de capa verde: “Este aqui é o Alcorão, mas você não coloca a mão porque só muçulmano pode tocar. Para virar xeique, é bom decorar tudo”, explica.

A história de Paloma, em muitos momentos, lembra a de Melany.

As duas são as mais religiosas de suas famílias. “Na minha casa só eu uso o véu, que adotei quando tinha 14 anos. Tive a sorte de ter a religião muito forte e muito cedo na minha vida. Cheguei a freqüentar igrejas, mas resgatei o Islã. Sabia que ia chamar a atenção quando colocasse o véu, por isso avisei antes; comecei a usar roupas que cobriam o corpo e um dia apareci assim.”

De véu, Paloma cursou Comércio Exterior, fez estágio, trabalhou. Hoje, cuida da casa, da família e participa ativamente da mesquita que freqüenta. No Ramadã, ela foi uma exceção e, pela primeira vez em dez anos, não cumpriu o jejum por estar amamentando Jaafar, seu primeiro filho. O compromisso materno a libera do sagrado. Dentro da mesquita, assim como Melany, senta em um local separado dos homens. “Eu me sinto mais à vontade rezando com as mulheres e os homens nos respeitam. Não deixei de namorar e casar por conta disso.” O namoro de Paloma com o marido foi à moda antiga.

Se no judaísmo os milênios criaram diversos tons de cinza, entre os adeptos do Islã, a mais recente religião monoteísta, a gama de cores é menor, porém mais contrastante, principalmente em regiões de conflito. Ibrahim e Nadia são da linha sunita; já Paloma é xiita. A diferença das vertentes ocorreu logo após a morte do profeta, por discordância de dois grupos a respeito da sucessão do califado.

Paloma freqüenta a única mesquita xiita de São Paulo, na qual o xeique, Taleb Hussein Al-Khazraji, sabe exatamente até onde podem chegar esses contrastes. Um de seus irmãos foi morto pelo regime de Saddam Hussein, um muçulmano sunita, em 1979. Taleb deu o nome do irmão morto a seu único filho homem entre seis mulheres, Nasereddin Khazraji, que hoje, aos 25 anos, parece trabalhar dia e noite para sua comunidade.

Se não fosse pelas vestes diferentes dos xeiques e pelo fato de os fiéis xiitas repousarem a cabeça no chão sobre uma pedra, que os liga à terra, enquanto os sunitas se prostram ajoelhados em tapetes, com a cabeça ao chão, as cerimônias sunita e xiita soariam muito semelhantes para leigos. “Sou xiita porque minha família veio de uma região de muçulmanos dessa linha, mas somos todos crentes nas leis do profeta”, conta Paloma.

Na singularidade dos costumes
O conhecimento da história do povo judeu e o estudo de seus valores são bases da construção da identidade judaica. A coletividade, em contraponto a uma visão de mundo egoísta, é um dos valores que Elka e Michel esperam ter passado para os filhos – Aaron, de 19 anos, e Natan, de 18. Os rapazes também freqüentam a sinagoga, cada um a sua maneira. O mais velho está envolvido com atividades culturais e sociais. Já o mais novo, sempre de quipá na cabeça, prepara-se para uma jornada de um ano em Israel. “Colocamos os dois, por opção, em escolas não-israelitas quando pequenos. No colegial, o caçula pediu para ir para uma escola judaica”, lembra Elka. Já os filhos de Melany moram e estudam em yeshivot (plural de yeshivah), escolas e centros de estudos religiosos. O mais velho, também Aaron, de 18, está em Israel e Salomon, de 14, freqüenta uma yeshivah de Cotia (SP).

Para os muçulmanos, as opções de escolas, bem como as de restaurantes, são mais restritas. Em São Paulo, há um colégio na zona Leste, na Vila Carrão, e, ao lado da mesquita onde trabalha Ibrahim, uma escola mantida pela sociedade muçulmana recebe estudantes de famílias devotas tanto do Islã como de outras religiões. Lá ensina-se o árabe e o Alcorão. Na sexta-feira, é comum ver garotas deixando os cadernos no carpete da mesquita enquanto colocam o véu para a oração do meio-dia. “Por enquanto, ainda não é possível, mas um dia teremos uma escola totalmente muçulmana. Para os brasileiros, existe uma separação entre a religião e a vida. Nos países muçulmanos, a religião é um modo de vida. É difícil para o ocidental entender isso”, pondera Ibrahim.

Ainda é cedo para dizer que eco o islamismo de Ibrahim, Nadia e Paloma fará em terra tão aberta às manifestações religiosas e ao sincretismo. Do judaísmo, a conclusão é a ilusão de que breves conversas e leituras rendem um fácil entendimento do mundo judaico. Tentar explicar o judaísmo e seus milênios de história e costumes é agir como mágico que tira lenços intermináveis de uma cartola.

O que Ibrahim, Nadia, Paloma, Melany, Elka e Michel parecem desejar é apenas seguir suas crenças, escolhendo andar pelos caminhos que acreditam ser os que os conectam a Deus e extrair valores dos escritos sagrados. O Natal vai chegar e nenhum deles fará festa. Mas se um convite chegar à casa de Elka e Michel, chamando para a comemoração na companhia de bons amigos, por que não aceitar? Com a devida licença, é claro, de recusar, sem dramas, o leitão do almoço de domingo.


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