Marylin Monroe, Marcello Mastroianni, Gene Kelly, Monica Vitti, Jean-Paul Belmondo, Le Corbusier, Salvador Dalí, Yves Saint Laurent, Federico Fellini, Sophia Loren, Pablo Picasso, Gabrielle Coco Chanel, Orson Welles, Virna Lisi, Maurice Béjart, Jayne Mansfield. A lista de celebridades eternizadas em retratos de Willy Rizzo, ao longo de sete décadas de carreira, é extensa e emblemática. Parte significativa da produção do fotógrafo italiano – que ditou regras para a imprensa e a moda do século 20 – chega agora a São Paulo em uma mostra retrospectiva que reúne 100 imagens icônicas, de tirar o fôlego, primorosamente impressas em papel gelatina de prata e ciberchrome, no formato 60x70cm. A retrospectiva integra o projeto Iguatemi Photo Series (que já trouxe ao País exposições de outros mestres da fotografia, como David LaChapelle, Guy Bourdin e Steve Klein). Rizzo no Brasil tem curadoria internacional de Danniel Rangel e foi idealizada por Chico Lowndes. A mostra, gratuita, tem patrocínio da Oi e do Ministério da Cultura e abre, hoje, para o público, no MUBE em São Paulo.
Aos 12 anos, Rizzo ganhou da mãe sua primeira câmera, uma Agfa Box, e começou a produzir retratos dos amigos do colégio. Quatro anos mais tarde, comprou a primeira Rolleiflex. Aos 20, começou iniciou a carreira de fotojornalista cobrindo os Julgamentos de Nuremberg, que aplicou pena capital, prisão perpétua e severas condenações a 24 criminosos de guerra – a maioria deles, líderes nazistas, responsáveis pelo genocídio de mais de 6 milhões de judeus. Mas foi ao retratar grandes estrelas da moda, do cinema americano e italiano, que Rizzo tornou-se mundialmente célebre, em veículos como Elle, Vogue, Life e Paris Match – cuja capa da primeira edição, de 1948, reproduzia um emblemático retrato em cores de Winston Churchill, assinado por Rizzo.
Aos 84 anos e ainda em plena atividade, o fotógrafo (também notório por seu trabalho como designer, iniciado na década de 1970) viria para a abertura da exposição, realizada ontem, teve imprevistos, mas promete visitar o País nos próximos dias. Em 1961, Rizzo esteve no Brasil, durante o carnaval, a convite do playboy Porfírio Rubirosa, e registrou imagens de sua ex-mulher, a atriz italiana Elsa Martinelli, no calçadão de Ipanema. Algumas dessas belas fotos em preto e branco também estão expostas em Rizzo no Brasil. A exposição permanecerá no MUBE até 2 de setembro e, depois, seguirá para Los Angeles, nos Estados Unidos.
SERVIÇO
Onde: MUBE (Museu Brasileiro da Escultura), avenida Europa, 218, São Paulo – SP
Quanto: A entrada franca
Quando: de 10 de agosto a 2 de setembro, de terça a domingo, das 10h às 19h
Deixe um comentário