A missão da OEA, liderada pelo secretário-geral José Miguel Insulza e formada por chanceleres e vice-chanceleres do continente americano, prepara-se para a reunião com os representantes do presidente deposto, Manuel Zelaya e do presidente imposto, Roberto Micheletti, marcada para as 10h30 locais (13h30 de Brasília). O diplomata brasileiro na mesa de negociações será Ruy Casaes, representante do Brasil na OEA.
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O clima em Tegucigalpa é esquizofrênico. Micheletti garantiu que o estado de sitio acabou, mas as tropas continuam nas ruas e o cerco à embaixada brasileira, onde está Zelaya, não foi levantado.
Por seu lado, Zelaya desconfia que, assim que sair da embaixada, receberá voz de prisão, pois há uma ordem para isso, que continua em vigor, sob acusação de que ele violou a constituição.
Micheletti e Zelaya continuam divergindo no principal. Micheletti só admite a volta de Zelaya ao poder depois das eleições de 29 de novembro, o que daria a ele apenas um mês a mais na presidência, pois o presidente eleito assume a 1º de janeiro.
Zelaya só admite começar a dialogar assim que for reconduzido à presidência.
Na terça-feira (6), além de denunciar que o estado de sítio continua e alertar a OEA para “armadilhas” de Micheletti nas negociações, Zelaya criticou a entidade por ser muito suave “com os ditadores”.
Não é realista esperar que da reunião saia alguma resolução do tipo “Zelaya volta. Micheletti sai”; Insulza já avisou que a OEA não vai impor nada, apenas criar condições para que os hondurenhos decidam o que desejam para o país.
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