Uma marca chamou a atenção de quem assistia à final do torneio da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) entre os melhores do mundo nesta segunda-feira, dia 12. Enquanto na quadra, o atual número um do ranking mundial, o sérvio Novak Djokovic, disputava uma partida emocionante contra o hexacampeão do torneio, o suíço Roger Federer, nas arquibancadas e piscando nas placas eletrônicas do Arena O2 em Londres lia-se “Rio de Janeiro – Brazil‘s Trademark”.
A marca estava lá porque a cidade, que receberá a final da Copa do Mundo de 2014 e a sede da Olimpíada de 2016, é uma das patrocinadoras das finais da ATP e quer, em um futuro próximo, tornar-se palco do encerramento do torneio. O patrocínio foi fechado pelo governador Sérgio Cabral em novembro de 2011 com o então presidente da Associação, o americano Adam Helfant, hoje presidida pelo australiano Brad Drewett. Além dos estádios, a logomarca do governo do Estado do Rio de Janeiro passou a ser figurar no site oficial da ATP e em informes da entidade.
A ideia do governo do Estado é divulgar o Rio de Janeiro para o mundo como um “destino turístico e esportivo” e, em um segundo momento, brigar pela possível vinda dos jogos para a cidade em 2014. Essa possibilidade, aberta pela ATP pelo vencimento do contrato de Londres como sede dos jogos em 2013, teve o apoio do ex-tenista brasileiro Gustavo Kuerten, tricampeão de Roland Garros, e que venceu o torneio da Associação em 2000, quando ele ainda se chamava Masters Cup.
A saída do torneio de Londres, porém, vem causando polêmica entre os principais nomes do esporte no mundo, acostumados a brigar pelo troféu em solo britânico. “Londres vai totalizar cinco anos em 2013 e acho que todos os jogadores concordam que esse é um lugar ótimo. Mas sou um dos que apoia a promoção global do evento e do esporte, então acho que deveríamos dar a chance de outras cidades receberem o torneio”, disse Novak Djokovic.
No outro lado da quadra, Federer prefere deixar a decisão para a ATP. “A Arena O2 atende todas as expectativas, os jogadores gostam, os fãs vêm em grande número. Claro que há aspectos que não vou me aprofundar, temos de ver o lado da ATP. Se ficar, ótimo. Se trocarem, que optem por um bom lugar para o tênis, negócios e calendário”, disse.
A propósito, a partida desta segunda-feira pelo troféu da ATP foi vencida por Djokovic, por 2 sets a 0, parciais de 8-6 e 7-5, em duas horas e quatorze minutos para ficar para a história do tênis mundial.
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