Robô Gigante para chinês ver


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Não é preciso esperar nem cinco minutos para perceber que a história de Círculo de Fogo (Pacific Rim), do cultuado diretor Guillhermo Del Toro, é a mesma de dezenas de versões cinematográficas de invasores alienígenas que chegaram ao cinema na última década: seres gigantes, com poderes descomunais, ameaçam extinguir a vida na Terra e chegam muito perto disso, ao devastar cidades inteiras. Até a humanidade juntar forças, deixar de lado suas diferenças ideológicas e destruir o inimigo.

No caso, as criaturas são conhecidas como Kaiju, que brotam do mar como poderosos godzilas em forma de peixes – tubarão, lula etc. Para combatê-los, os homens desenvolvem robôs gigantescos, tipo Transformers, os Jaegers, controlados por duas pessoas através de uma conexão neural – com tanta tecnologia, não seria possível fazer tudo por controle remoto?

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As máquinas se mostram ineficientes, até que a última esperança se torna um velho e obsoleto robô, comandado por um antigo piloto (Charlie Hunnam) e uma treinadora (Rinko Kikuchi).  Qualquer semelhança com Robô Gigante, uma daquelas séries japonesas toscas dos anos de 1960, não é mera coincidência.

Del Toro não só faz uma releitura desse clássico da TV trash como uma reverência – basta observar a trilha sonora. Os monstros de espuma destruindo maquetes dão lugar a seres fantásticos que consumiram um orçamento de US$ 190 milhões. O problema é o público não entender isso. Círculo de fogo é um filme feito por Hollywood para seduzir chineses e orientais – a trama se passa em Hong-Kong – absolutamente previsível, em que é possível imaginar tudo cena a cena. Arrastado, revela-se um desafio à paciência de qualquer dedicado nerd ou das crianças que curtem esse tipo de aventura. Imagine do público em geral.

Assista ao trailer: 


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