Meus caros, estou adorando o rebuliço que a revista Rolling Stone causou, ao publicar uma entrevista com o general Stanley McChrystal, principal homem do exército norte-americano no Afeganistão, zona mais quente do planeta. O militar fez sérias críticas à forma como a administração Obama vem conduzindo a guerra, e acabou no olho da rua. Até aí, nenhuma lágrima minha foi ou será derrubada, podem crer, nada tenho a ver com aquele banho de sangue sem solução. O que está me enchendo os olhos é a exposição que a própria revista ganhou, e o poder que demonstrou. Para melhorar a história, a revista sempre foi comandada por Jann Venner, fantástico homem de imprensa, gay assumidíssimo. Um veículo de mídia que nasceu voltado exclusivamente para o showbusiness, foi capaz de abalar a política militar americana, na medida em foi um canal para informações – nada lúdicas, diga-se – que caíram com efeito bombástico sobre o próprio Obama. Vale a pena dar também uma olhadinha na matéria do site advocate.com , sempre bárbaro.
Esse é o poder de qualquer veículo de mídia: comunicar. O efeito varia conforme a informação. A revista Playboy, que começou sua carreira com uma mitológica foto de Marilyn Monroe nua na capa, e não se destinava exatamente à formação de opiniões, sequer à informação do grande público, publicou algumas das mais importantes entrevistas do século XX. Lembro-me, só para citar algumas, das entrevistas com John Lennon, feita dias antes de seu assassinato, e também as com Mick Jagger, Francis Coppola, o próprio Dalai-Lama, e, aqui no Brasil, com nosso presidente Lula. Adorei saber que, lá pelos idos de 1976, Elton John, que ainda não ganhara o título de Sir, declarou-se bissexual. Pudor? Jogada de mídia? Ou será que esse ícone pop realmente não sabia que era gay? Atentem para o fato de que, nos anos 1970, o mundo não era tão liberado como hoje, e, talvez, ele mesmo não soubesse o que queria da vida. Hoje é casado, e quer adotar filhos.
Temos boas revistas no Brasil, tenho orgulho em dizer que trabalho para uma das melhores, minha querida Brasileiros, mas não posso deixar de mencionar a Junior, nossa (boa) revista gay, a Bravo, e muitas outras. Quantas boas histórias elas já nos trouxeram, e ainda nos trarão? Abraços do Cavalcanti.
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