Vivendo um veranico de maio que não faria feio nem para o saudoso Narciso Vernizzi (máxima de 33º e sensação térmica de 35º), Roma aguarda o desfecho de mais uma Champions League.
Desde o início da semana, os romanos assistem à gradual invasão de suas famosas e incontáveis praças por tiffosi de Barcelona e Manchester United.
Na noite desta terça-feira (26), podiam ser vistos, e ouvidos, os barulhentos espanhóis com seus hinos (com direito a uma versão de “pega no ganzê, pega no ganzá”) e os ingleses, mais velhos e, ainda discretos, tomando as tradicionais canecas gigantes de cerveja na Piazza Navona.
Em todos os locais de grande concentração, pode-se ver o forte esquema policial montado para evitar qualquer possibilidade de hooliganismo.
Precavida, a prefeitura local determinou a suspensão da venda de bebidas alcoólicas em todos os supermercados romanos a partir das 17 horas de terça. O consumo imediato está restrito aos bares e restaurantes. A reportagem testemunhou num mini mercado o protesto de um velho italiano que teve que se apressar para passar no caixa antes das 17 horas com as garrafas de seu vinho habitual – “o que eu tenho a ver com esses imbecis que vêm fazer bagunça na minha cidade?”
Coroando a competência da Uefa na organização da Champions, foi montado um espaço ao lado do Coliseu, ponto de encontro de torcedores e turistas que aproveitam para comprar os produtos oficiais dos patrocinadores.
Comenta-se no noticiário televisivo italiano que haverá muita gente para acompanhar a partida fora do Estádio Olímpico, o que justifica o forte policiamento. Informalmente, apuramos que os bilhetes, agora só disponíveis na mão de cambistas, têm preços que variam de 1 mil a 10 mil euros.
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