Ronaldo Fenômeno

Como colaborador-torcedor da Brasileiros, e torcedor-colaborador do Corinthians, acho que posso tecer algumas considerações sobre o Ronaldo. Vou falar apenas de umas lembranças que tenho dele e de umas questões pendentes:
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1) Durante a Copa de 1994, nos Estados Unidos, os repórteres anotaram quem perdia mais pênaltis nos treinos. Dava sempre Ronaldo na cabeça. Mas não consigo me lembrar de uma única penalidade que o Fenômeno tenha desperdiçado em jogo oficial ou amistoso.

2) Lembro-me bem do encontro com o jogador no Free Shop de um aeroporto americano. Ronaldo, então muito jovem e já campeão do mundo, pedia ajuda para barganhar o preço de um brinquinho de ouro em uma loja. Pedia para alguém traduzir: “Ô Tia, faz um precinho melhor”. Não era pãodurice, mas sim costume de menino pobre que ainda não havia tomado consciência de que estava rico e ficaria ainda mais.

3) Com Romário e Ronaldo, cheguei à conclusão de que os holandeses, com aquele famoso programa de treinamento e medicamentos para dar musculatura aos craques, fizeram um tremendo crime. O Ronaldo era um mulato magro dos subúrbios cariocas. Ganhou envergadura que o deixou parecido com o Robocop. Tanta massa muscular, cobrindo estrutura frágil, aleija qualquer cristão. Veja a novela dos ligamentos de Romário – outro a passar pelos laboratórios do Dr. Frankenstein, da Holanda. E o pior é que os times do país continuam contratando moleques franzinos de todo o mundo para transformar em gado gordo e vender a outros times europeus. Depois de duas temporadas de muitos gols, os bichões desabam. Ronaldo virou cavalo manco por causa das patadas de zagueiros béstias e da máquina de moer carne holandesa.

4) Um dia antes do jogo contra a França, na final da Copa 1998, Ronaldo teve uma convulsão. Nunca havia sofrido algo parecido em sua vida. E, depois daquela ocasião, também não teve mais nenhum ataque. Por quê?

5) Achei que o Ronaldo estava acabado antes de ele chegar ao Corinthians. Mais uma vez, eu estava enganado. Ronaldo, hoje, é meu heroi.

6) A comemoração de gol mais bonita, feita por um jogador, que eu vi nos meus anos de torcedor corintiano foi a do primeiro gol do Ronaldão (contra o Palmeiras). Bate aquela do Basílio na quebra do tabu de 23 anos sem campeonato.

#prasemprefenomeno

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