Rosa Parks estava cansada. Tinha trabalhado o dia inteiro. Costureira, as mãos e pernas pesadas pela concentração em pontos, linhas, barras.
Sentou-se no banco do ônibus, fechou os olhos e respirou. Enfim, um raro repouso.
Interrompido pela estupidez. Pela ignorância. Pela segregação.
Nos Estados Unidos dos anos 1950, Rosa, uma negra, tinha de ceder seu lugar a qualquer branco que entrasse no ônibus.
Cansada dos pontos sem nó do racismo, das linhas imaginárias da intolerância e das barras da vida, Rosa recusou-se.
Tudo isso aconteceu no dia 1º de dezembro de 1955, na cidade de Montgomery, no estado do Alabama, ao sul dos EUA.
Depois disso, Rosa Louise McCauley Parks virou um ícone da luta pelos direitos civis no país. Com o simples ato de ficar sentada, ela fez história. Na foto, ao lado de Martin Luther King.
Há três anos, ela partiu. Não sem deixar a mensagem clara: “Basta!”
Lá de cima, Rosa poderá ver um negro na presidência dos Estados Unidos. Histórico.
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