Há 50 anos, em 19 de março de 1963, foram concluídos os dois dias de gravações do álbum Getz/Gilberto em Nova York, nos EUA. Lançado em 1964, pelo selo Verve Records, o álbum reuniu o saxofonista tenor norte-americano Stan Getz e o violonista João Gilberto. Além da dupla, quatro outros colaboradores brasileiros foram determinantes para o êxito de Getz/Gilberto, o maestro Tom Jobim (autor da maioria das composições, que também atuou como pianista e escreveu arranjos), o baterista Milton Banana (considerado o pai da batida da Bossa Nova no instrumento), o baixista Tião Neto (que sequer acabou sendo creditado no álbum) e a cantora Astrud Gilberto (então mulher de João que, a despeito de ter sido a grande impulsionadora de vendas do LP, com seu canto suave em Garota de Ipanema e Corcovado, acabou sendo remunerada com parcos US$ 168, conforme recomendava a tabela da ordem dos músicos americanos, à época).
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Cercado de controvérsias e indisposição entre os envolvidos, o projeto ficou engavetado por quase um ano, pois seu mentor, o diretor artístico Creed Taylor, acreditou que o álbum não teria apelo comercial. Mas Taylor estava absolutamente enganado. O álbum foi, por muito tempo, um dos discos de jazz mais vendidos da história e foi laureado, em 1965, com quatro Grammys – álbum do ano, melhor álbum de jazz, melhor arranjo não-clássico e canção do ano por Garota de Ipanema (Girl from Ipanema).
Em junho de 2008, na ocasião da celebração dos 50 anos da Bossa Nova, Brasileiros publicou Anatomia de um Disco reportagem inédita de Ruy Castro, que foi capa da edição 9 e traz um relato precioso dos bastidores dos dois dias de gravação de Getz/Gilberto.
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