O Man Booker Prize é talvez o prêmio mais importante de literatura em língua inglesa. O anúncio de seus finalistas e vencedores é sempre sucedido por grande alvoroço no mercado editorial e na imprensa especializada. Neste ano o prêmio decidiu expandir sua influência e abriu as inscrições para autores que escrevam em inglês e sejam publicados na Grã-Bretanha, independentemente de suas nacionalidades. Nos 45 anos anteriores, só podiam ser inscritos autores da Grã-Bretanha, Irlanda, Zimbábue e países da Commonwealth, que inclui Austrália, África do Sul, Nova Zelândia e Nigéria, entre outros. (O Man Boker International Prize, da mesma instituição, inclui livros escritos em todas as línguas, desde que tenham sido traduzidos para o inglês).
Assim, dentre os seis finalistas selecionados, a partir de uma pré-lista de 13 (que, por sua vez surgiu de uma lista de 154 livros submetidos pelas editoras), há, pela primeira vez, dois norte-americanos: Joshua Ferris, com o romance To Rise Again at a Decent Hour, e Karen Joy Fowler, com a narrativa circular de We Are All Completely Besides Ourselves.
Os demais são o australiano Richard Flanagan, com a história romântica de The Narrow Road to the Deep North, e os britânicos Neel Mukherjee (nascido em Calcutá), Ali Smith e Howard Jacobson, com, respectivamente, The Lives of Others, How to be Both e J. Smith já tinha sido finalista outras duas vezes e Jacobson foi o vencedor em 2010, com o satírico A Questão Finkler (Bertrand Brasil). O prêmio é de 50 mil libras.
Dentre os 13 pré-selecionados, ficaram de fora da final alguns nomes conhecidos do público brasileiro: Siri Hustvedt (O Que Eu Amava), Joseph O’Neill (Terras Baixas) e David Nicholls, do best-seller Um Dia.
O anúncio do vencedor será feito no dia 14 de outubro, com transmissão pela BBC, parceira do evento.
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