Com um caráter democrático, abrangendo clubes de todos os cantos do Brasil, mesmo de divisões inferiores, a Copa do Brasil acaba virando uma verdadeira faca de dois gumes, com o perdão do provérbio clichê. Se por um lado é um caminho mais rápido para a Libertadores, por outro, a desclassificação para um time desconhecido pode significar piadas para o resto da vida. E não adianta falar que nunca passou por isso, é mentira!

Quem lembra da competição de 1994, quando, logo na primeira fase, o Fluminense caiu para o até então desconhecido Linhares? Já faz mais de 10 anos que o Palmeiras apanhou em casa para o modestíssimo ASA de Arapiraca, jogo que são-paulinos, corintianos e santistas gostam de recordar como se fosse ontem.

Felipão, Mano Menezes, Ney Franco… Sabe o que esses três excelentes treinadores têm em comum? Todos eles foram alçados para o sucesso dirigindo zebras na Copa do Brasil. Felipão levou o Criciúma ao título de 1991, Mano era o técnico do consistente XV de Campo Bom, semifinalista da edição de 2004, que tirou o Vasco e só foi cair para o campeão Santo André, e Ney Franco comandou o Ipatinga em 2006, ano em que a copa foi vencida pelo também zebra Paulista de Jundiaí, que tirou Cruzeiro, Inter, Botafogo e, na final, Fluminense.

Na noite dessa quarta-feira, 28 de agosto, por volta das 21h50, o Corinthians entra no gramado do Pacaembu querendo espantar esse simpático animal listrado, que teima em contradizer os biólogos que afirmam que ele não faz parte da fauna brasileira. A zebra não só existe no País, como em abundância, e é frequentemente avistada nos gramados Brasil a fora. 

A tarefa do Timão não é complicada, precisa bater o mato-grossense Luverdense, da 3ª divisão no nacional, fundado há apenas 9 anos. Vitória simples, por 1 a 0, leva o jogo para os pênaltis. Qualquer triunfo dos paulistas sem ser o 1 a 0, precisa ser por uma diferença superior a 1 gol de diferença. O Corinthians, vai sentado na lógica, o Luverdense, vai montado na zebra.


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