Na manhã deste domingo, dia 5, o ex-deputado federal e o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, deixou o hospital Samaritano, na zona sul do Rio de Janeiro, onde estava internado desde o último dia 26 para a retirada de um tumor maligno no pâncreas. Denunciante do esquema de propinas que ficou conhecido como mensalão, Jefferson falou sobre o julgamento que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) do qual ele mesmo é um dos réus.
Para ele, a atuação do procurador-geral da República Roberto Gurgel, que apresentou a acusação a 36 dos 38 réus do caso, “foi muito eficaz, apesar da prova ser frágil em muitos momentos”. Jefferson disse também que apesar de aprovar a maior parte do relatório de acusação lido pelo procurador, ele não concorda com pontos do texto. “Ele (Gurgel) tem razão em muitas coisas que ouvi durante as cinco horas do seu relatório e não tem razão em muitas coisas também, vamos acompanhar”, disse.
Perguntado sobre o principal réu do caso e inimigo político, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, Jefferson foi enfático e disse que a sua denúncia do mensalão foi principalmente uma denúncia contra o ex-ministro. “A minha luta era com o Zé Dirceu. Ele me derrubou, mas eu salvei o Brasil dele. Caímos os dois”, disse.
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