Meus caros, perdemos mais uma para os argentinos, ou, melhor dizendo, ainda não ganhamos uma que eles ganharam. A Justiça argentina aprovou o casamento de um casal homossexual, em decisão de uma juíza que apreciou o pedido de José Maria Di Bello, 41, e Alez Freyre, 39, os quais já viviam juntos desde 2005. A decisão da juiza declarou inconstitucionais as disposições legais que definiam o casamento exclusivamente como união de homem e mulher, e aprovou o casamento. Pelo regime legal argentino, caberia à municipalidade de Buenos Aires, cujo chefe executivo é o prefeito Maurício Macri, apelar da decisão, e enviar a questão aos tribunais superiores argentinos. Mas, Macri surpreendeu, pois não apenas ordenou que não houvesse apelação, tornando definitiva a decisão judicial, como deu uma declaração pública extremante favorável aos gays, afirmando que “O mundo está se movendo nessa direção”. A decisão que permitirá o casamento, que poderá ser realizado a partir desta segunda-feira, vale apenas para as partes do processo, vale dizer, os dois fofos e sortudos Di Bello e Freire, mas abre o caminho para uma enxurrada de ações semelhantes, e força o andamento da questão no Congresso argentino. Lá, o projeto de lei que altera as disposições sobre casamento no Código Civil Argentino, que passará a mencionar “contraentes” e não “homem e mulher”, ainda não teve suficiente quórum para seguir para votação, mas o “atropelo” desta primeira decisão judicial, muda o cenário.
Lógico que a Igreja Católica argentina está fumegando e atiçando parte da sociedade contra a aprovação, mas pesquisas mostram que cerca de 60% da população é favorável à união gay, e a Igreja não tem mais a força que desejaria.
Os argentinos, que, a exemplo do Uruguai, já reconheciam a união civil, darão mais este enorme passo, que, como reconhece o prefeito Macri, a iguala a diversos países do primeiro mundo, como Holanda, Suécia, Dinamarca, Espanha, Canadá, Noruega e África do Sul, além de diversos estados norte-americanos. Deve ser a Santa Evita, ícone gay lá e mundo afora, protegendo os gays “descamisados” do mundo inteiro. Mais uma vez, não rias de nós, Argentina!
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