Pronto, já levei bronca. Não de homofóbicos, pois CHEGA, aviso que não vou dar mais espaço ou atenção a eles! Dessa vez, são meus próprios vizinhos, em São Paulo, que azedaram, reclamaram que eu virei carioca, que só elogio o Rio de Janeiro, não gosto de São Paulo. Para começo de conversa, não nasci lá nem cá, sou petropolitano, nasci na mesma cidade que Rodrigo Santoro, isso está na cara. Moro em São Paulo há trinta e oito anos, amo esta cidade, não mudo daqui por nada. Já disse que São Paulo, Rio e Belo Horizonte, as três, têm a melhor balada gay do mundo, rasguei elogios, e disse que cada qual é diferente. São Paulo é mais noturna, o Rio é mais diurno. Lógico que Rio é mais diurna, praia é praia, só funciona com sol, e quem se delicia com horas de sol e testosterona, fica menos tempo na noite. Não quer dizer que as bibas cariocas não se joguem na noite delas, que é deliciosa. Quanto a noite paulistana, por Deus, já elogiei até dizer chega. Também falei bem da capital mineira, cuja cena gay é mais low profile, bares mais discretos, universo dos sorrisos e olhares, mas tudo ferve da porta das casas noturnas para dentro.
Por que será que o prêmio de melhor destino gay dado ao Rio fez mal a São Paulo? Nunca encontrei tantos paulistas como neste feriado, no Rio, lá pelas cercanias da Farme de Amoedo. Elogiaram as casas de sucos, coisa típica carioca, um deles, empresário, quer abrir uma aqui em São Paulo. E saíram à noite, se jogaram na balada, animação total. Voltaram para SP com belas olheiras, e os telefones de dois cariocas “deliciosos” no bolso. Provavelmente, as bibas que vierem ao Rio também vão ler sobre a noite paulistana, sobre nossas atrações culturais, nossos restaurantes, etc… Só precisamos ser mais agressivos na captação desses turistas. O Rio deu show este ano, disputando – e levando, de Olimpíada a melhor destino gay. Só não podem uma coisa – se comportarem-se como vizinhos adolescentes. Também não podem encher a paciência do Cavalcanti, que anda curta. Bjs.
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