São Paulo recebe meio time do sub 20

O sufoco da torcida do São Paulo, que viu mais uma vez seu time penar em campo para garantir a apertada vitória por 3 a 2, domingo à tarde, no Canindé, pode estar chegando ao fim.

Não é que o técnico Paulo César Carpegiani tenha finalmente encontrado a fórmula para dar um padrão tático ao time, qualquer um, e definido o time titular, que muda a cada jogo.

Quem resolveu o drama do tricolor foi o técnico Ney Franco, da seleção brasileira sub 20, que se sagrou campeã sul-americana nesta madrugada, no Peru, classificando-se para disputar as Olimpíadas de Londres.

Carpegiani vai receber de graça meio time, a espinha dorsal que falta para o São Paulo deixar de ser café com leite nos campeonatos que disputa e dispensar os jogadores meia boca que o técnico insiste em escalar.

O zagueiro Bruno Uvini, o volante Casemiro, o ponta de lança Lucas, melhor jogador em campo na goleada de 6 a 0 contra o Uruguai na conquista do título, e os atacantes Henrique e Willian José, contratado este ano junto ao Grêmio Prudente, voltam ao Brasil com todas as condições de dar uma outra cara ao cansado, burocrático e perdido São Paulo de Carpegiani.

Isto já poderia ter acontecido no início do ano passado, quando o time de juniores do tricolor conquistou a Taça São Paulo, na final contra o Santos, com estes mesmos jogadores, exceção de Willian José.

Até sugeri na época que chamassem o técnico Sergio Baresi e seus meninos para formar a equipe principal, mas a diretoria preferiu investir em Rodrigo Souto, Renato Silva, Cleber Santana, os Paraibas Marcelinho e Carlinhos, etc.

Baresi chegou a ter uma breve oportunidade no ano passado, mas logo resolveram chamar de volta Paulo César Carpegiani, que já não tinha dado certo em 1999, quando ganhou o apelido de “Professor Pardal” de tanto que inventava na hora de escalar o time.

Dizem que a diferença entre o burro e o inteligente é apenas uma questão de timing, quer dizer, o primeiro demora um pouco mais para descobrir o óbvio.

Quem sabe desta vez cai a ficha no Morumbi, e a torcida ganha de novo aquele São Paulo bom de briga que disputava todos os títulos do primeiro ao último jogo e dava mais orgulho do que vergonha.


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