A ex-ministra das Pessoas Idosas e da Autonomia da França, Michèle Delaunay, disse, em depoimento em vídeo que abriu o seminário Economia da Longevidade: Oportunidade de Crescimento, Inovação e Bem-estar, organizado nesta quinta-feira (13), em São Paulo, por Brasileiros, que o seu país mudou a forma de olhar para os idosos. Antes considerando-os apenas onerosos para o Estado, ela disse que agora os franceses enxergar as pessoas mais velhas como úteis para o crescimento econômico.
“Mudamos nosso olhar sobre os idosos recentemente. Acreditávamos que eles eram onerosos para o Estado. Custa muito caro manter isso, ainda mais com o envelhecimento populacional. Porém, recentemente percebemos que eles podem ser úteis para o crescimento econômico e em campos como a inovação, além de benefícios. A transformação foi muito positiva”, disse ela.
Delaunay também desejou sucesso ao trabalho iniciado no Brasil, tocado pelo Centro de Estudos da Economia da Longevidade. “Desejo a vocês um futuro positivo e construtivo e espero em breve estarmos juntar para trocarmos algumas ideias”, afirmou,
Brasileiros organiza nesta quinta-feira (13), em parceria com o Centro de Estudos da Economia da Longevidade, o seminário Economia da Longevidade: Oportunidade de Crescimento, Inovação e Bem-estar, que discute o envelhecimento populacional sobre a ótica do crescimento econômico e da produção industrial. É a primeira vez que as empresas são chamadas para discutir o tema no Brasil, mostrar seus “cases” e discutir a visão estratégica sobre a dinâmica populacional.
“A economia da longevidade é sempre vista como apenas como um filão de mercado e de consumo a partir do maior número de idosos na população. Essa é uma definição simplista e não está de acordo com o que está na literatura e na ação de muitos países europeus, como a França. É uma estratégia de crescimento econômico nos países industrializados e de produção industrial. Mais do que isso, a gerontecnologia estimula a economia, discute o envelhecimento com outra perspectiva que não tratar os mais velhos como bombas-relógios”, disse na abertura do seminário, Jorge Félix, curador do evento, diretor do Centro de Estudos da Economia da Longevidade e que mantém um blog em Brasileiros sobre o assunto.
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