A taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, pode recuar nesta quarta-feira, dia 30, para o patamar mais baixo desde 1996, e influenciar diretamente a história da economia brasileira. Caso recue mais de 1% na reunião do Comitê de Políticas Monetárias (Copon), a Selic, que hoje está em 9,46%, diminuirá pela primeira vez os rendimentos da poupança.
Este é um reflexo das novas regras definidas pelo Governo Federal para a poupança, que abrem caminho para novas quedas de juros nos próximos meses. Segundo as mudanças, os rendimentos da poupança dependerão da Selic. Caso a taxa se mantenha acima dos 9%, os rendimentos ficarão no patamar histórico de 6% ao ano. Uma diminuição abaixo deste patamar aciona um “gatilho”, e os rendimentos passam a ser de 70% da Selic. No caso de 8,5%, por exemplo, a poupança passa a render 5,95% ao ano.
Esta medida busca tornar papeis de investimento mais atrativos, já que a poupança é o mais seguro dos investimentos e caso rendesse mais que os juros Selic poderia deixar os mercados — e o próprio Governo Federal — sem dinheiro.
A reunião do Copom de quarta-feira também será história por ser a primeira desde 1979, quando a taxa foi criada, em que os membros do comitê terão seus votos revelados, uma medida possível graças à nova Lei da Informação.
Hoje em 9,46%, caso a Selic recue
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