Sem medo de ser gays

Charmoso e corajoso!
Charmoso e corajoso!

A (ótima) revista gay americana Out dedicou várias páginas ao ator escocês Ewan McGregor, que já fez tantos filmes bons, com personagens tão diferentes, que parece um camaleão. Na entrevista, o ator declarou que nunca teve nenhum pudor em tirar a roupa em cena, nem hesitou em beijar homens na boca, se assim estivesse escrito. E foi mais longe: ousou declarar que gostou da experiência de beijar outros homens. Dá risada ao falar em tirar a roupa, diz que já baixou as calças tantas vezes que seu pênis poderia ganhar o Oscar. Ele vem aí em breve no filme I Love You Philip Morris, em que vive um tórrido romance gay com o comediante Jim Carrey. Talvez seja esse o problema que está atrasando o lançamento, pois o estúdio estaria tentando proteger a figura de Jim Carrey, com o qual já conseguiu bilheterias milionárias. O filme foi reeditado, eliminando-se boa parte do sexo, mas ainda assim estão com medo de mostrar Carrey como gay. Ele e McGregor não estão nem aí, gostaram do filme, divertiram-se filmando, beijam-se o tempo todo. Quem também aparece no filme, como um gay bem escandaloso, é ninguém menos que “o nosso” Rodrigo Santoro, lindão como sempre.

Para nosso alívio, está confirmada para o próximo dia 5, aqui no Brasil, a estreia do esperado Direito de Amar, do (ex?) estilista americano Tom Ford. Com Colin Firth vivendo um gay maduro, nos anos 1960, que perde o parceiro e decide se matar. O filme é baseado no (ótimo) livro A Single Man, de Christopher Isherwood, e a crítica é unânime em dizer que Tom Ford acertou em cheio ao escolher um excelente ator e um roteiro impecável. Com elementos assim fica difícil errar, e ele não errou. Ewan McGregor e Colin Firth são heterossexuais, casados e com filhos, e nenhum deles têm medo de viver gays no cinema, de beijar outros homens, etc. Eles são bons atores, acima de tudo, daqueles que fazem falta!


Comentários

15 respostas para “Sem medo de ser gays”

  1. Avatar de a. Hurtado
    a. Hurtado

    Prezado Lourenço,

    Procuro veículo para expor meus retratos em arte computacional. São trabalhos sobre maduros, alguns em ação, com certa influência de Andy Warhol. Estaria interessado em vê-los? Abraço, A. Hurtado

  2. E o Colin Firth foi indicado. Adoro ele e seu sotaque britânico. Mais um motivo para ver o filme. 🙂

    Beijocas

  3. Avatar de Elenita Sobral
    Elenita Sobral

    Essas nojeiras que você chama de ‘filme’ deveria passar no sub mundo dos quintos dos infernos… acredito que nem lá o demônio queira. Duvido que em países sérios como: Irã e Arábia Saudita passem “esses lixos”, em total derespeito às famílias. Já viu homem que tenha orgulho de sua héterosexualidade beijar outro na boca…! Este ator é o mais nojentos dos gays – todos são. É aquele que tem nojo de si mesmo, se renega e quer enganar a todos fingindo ser homem. Se eu tivesse um filho gay… expulsaria de minha casa a ponta pés e sem pena. Podridão!!

    1. Pronto, mais um comentário com o mesmo teor de muitos outros, mencionando Irã e Arábia Saudita – ou seja, condenando-nos à morte. Pois saiba a senhora Elenita Sobral que eu tenho o maior orgulho de ser gay, acho o maximo beijar outro homem na boca, e tenho orgulho de abrir este espaço para que a comunidade gay se manifeste. Seria mais fácil simplesmente recusar seu comentário, mas é importante que todos saibam que existem pessoas pensando dessa maneira por aí. Lamento por isso. Acredito que se tivesses um filho gay, seria ele quem sairia porta afora aliviado.

      LC

    2. Os comentários da Sra. Elenita Cabral serão doravante vetados, dado o teor homofóbico agressivo.

  4. Oi, Lourenço!

    “I Love You Phillip Morris” é um dos filmes mais aguardados (por mim rs) em 2010. Li o livro, que é uma reportagem maravilhosa do jornalista Steve McVicker sobre a vida de Steven Russel, recomendo.

    Quando soube do filme, e que Ewan faria parte do elenco, me animei mais ainda. Sou fã dele desde Moulin Rouge (fala sério, quem nunca quis um Christian? rs)!

    Tomara que a repercussão da versão cinematográfica seja boa e benéfica, e que venham mais filmes capazes de mostrar que o amor é possível sim!

    Abçs

    1. Queridos, digam a verdade: quem não gostaria de beijar Ewan McGregor? Sou fã dele há muito tempo, desde Guerra nas Estrelas, em que ele vestia a capa de Obi Wan Kenobi, fetiche total. Eu resisti, não comentei que ele é escocês, pois já falei demais dos Britânicos estes últimos posts, mas eles são demais, amo o povo daquela ilha. Essa desenvoltura como ator, a coragem de se expor, e tudo isso com talento, só na terra de Shakespeare. Percebam que o tipo físico dele é completamente diferente dos americanos, ele não tem corpão, tem cara de menino e tudo, mas mesmo assim que queria ele para mim. Estou ansioso por ver os dois filmes, mas A Single Man começa sexta que vem, não vamos perder!!!

      Beijo do Cavalcanti

  5. Oi Lourenço!!

    Adorei a notícia! Já tinha lido sobre este ator e achei bárbaro a atitude dele sobre a sua tranquiidade em interpretar papéis gays. Vale a pena conferir sim!

    Quanto ao Direito de Amar (gosto mais do nome original “Single Man”) também aposto que seja sucesso. Desde o ano passado acompanho os teasers lançados e pareceu-me ser interessante o roteiro. É aguardar para ver!!

    Observemos que de uns tempos para cá a temática homossexual (masculina ou feminina) tem conseguido destaque, rendendo bons roteiros e ótimas séries a respeito nos EUA.
    No Brasil, mesmo que insipientes, projetos já circulam pela web: Farme 40º, Arouche by Nigth, CaRIOcas etc… Na TV aberta, anunciou-se ontem que o SBT teria comprado os direitos de transmissão da ótima “Glee” (by Fox), que tem um ator-personagem gay que gosto muito!

    Visibilidade total… rs…

    Abraços!!!

    Gustavo
    (dia 21.04 vou ao Inhotim – ganhei 3 cortesias… ;-))

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