Semana Martin Luther King discute atual momento da luta contra o preconceito

O teatro de Sesc Vila Mariana ficou lotado nesta terça-feira (14) para acompanhar duas mesas de discussão da XII Semana Martin Luther King, promovida pela UNESCO e Sesc em co-realização com a Palas Athena e o Consulado Geral dos Estados Unidos da América em São Paulo. 

Em uma delas, uma feliz coincidência, os personagens presentes nas capas de Brasileiros de fevereiro e março se encontraram para falar da linha de montagem do preconceito: Janine Ribeiro, Ministro da Educação, e Alexandra Baldeh Loras, consulesa da França em São Paulo, participa da XII Semana Martin Luther King.

Durante sua apresentação, a consulesa fortaleceu a importância de divulgar corretamente a história dos negros no Brasil e no mundo, lembrando de figuras como os escritores Machado de Assis e Alexander Dumas, que vão para os livros de histórias sem os detalhes de suas origens. “Precisamos valorizar personagens negros nos livros didáticos”. Também constatou que a geração atual não é culpada pelos erros cometidos no passado. 

Janine aproveitou para completar a ideia: a geração atual não é culpada, mas precisa ser responsável, atenta e ativa para melhorar a situação sempre. Citou o exemplo da miséria, questão na qual não podemos ser omissos, argumentou o ministro. Questionado pelo público sobre a questão da redução da maioridade penal, o ministro assumiu a posição de professor para dar sua opinião, contrária a redução.

Diversidade nos Estados Unidos

Raphaël Sambou e Christopher Johnson, ambos diplomatas no Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, fizeram dupla na outra mesa da noite. 

Sambou lembrou do legado de Luhter King e do reflexo que o trabalho dele tem até hoje. Se temos Obama na presidência dos Estados Unidos, a luta do ativista não foi em vão, mas é preciso dar continuidade a todas essas conquistas, afirmou. 

Johnson, que tem o pai negro e a mãe branca, contou sobre sua vivência em São Francisco, cidade onde africano-americano é uma minoria dentro de outros minorias, como os imigrantes altinos, e o orgulho que sentiu dos pais quando conquistou seu mestrado em Princeton. Para ele, a vitória poderia até ter o nome dele, mas eram em suma uma conquista de seus pais, que superaram todo tipo de dificuldade para ele chegar ali. 


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