A polícia do Distrito Federal fez um cerco ao Hotel St. Peter, no Setor Hoteleiro Sul de Brasília, na manhã desta segunda-feira (29), após um homem no 13º andar esvaziar os quartos e manter um homem refém com uma arma e um colete com supostos dinamites acoplados. A Polícia Militar evacuou o prédio e negociou por toda a manhã com o sequestrador, que não teve seu nome divulgado. Sabe-se apenas que ele é de Tocantins, foi candidato a vereador na cidade de Combinado nas eleições municipais de 2008 e já ocupou o cargo de secretário da agricultura da cidade entre 2009 e 2012. Três negociadores da Divisão de Operações Especiais (DOE) negociaram por oito horas com o rapaz, que se rendeu no meio da tarde.
Segundo o chefe da Divisão de Comunicação da Polícia Civil do Distrito Federal, Paulo Henrique Almeida, o homem pediu a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti e a “aplicação imediata” da Lei da Ficha Limpa para libertar o refém, que é mensageiro do hotel. Ele também falou em “queda da presidente Dilma Rousseff” aos policiais. Em determinado momento, pediu uma reforma política até as 18h de hoje.
Apesar das ameaças, a polícia confirmou que os artefatos não eram reais, assim como a pistola que ele utilizava. A rádio CBN informou que a mãe do sequestrador se dirigiu até a delegacia de Combinado, no Tocantins, e falou com o filho por telefone, pedindo-lhe para se entregar.
De acordo com o portal G1, os lutadores de MMA e irmãos, Minotauro e Minotouro, que estavam hospedados no hotel, saíram do hotel orientados sobre um vazamento de gás. “A gente desceu pelo elevador. Lá dentro não ficamos sabendo de nada. A primeira informação foi que estava tendo um vazamento de gás, que era para a gente sair o mais rápido possível.”
Na internet, foi divulgado o perfil do Facebook do sequestrador, chamado Jack Souza Santos. A fotografia principal da página é muito parecida com as que a Polícia Civil divulgou nesta manhã. Na rede social, o homem faz menções ao ex-candidato do PSB, Eduardo Campos, que faleceu em um acidente de avião em agosto, ao ex-juiz do STF, Joaquim Barbosa, e aos casos de corrupção na Petrobras. Em um post de maio, ele publicou para a “gigantesca nação brasileira acordar e dar as mãos e [sic] gritar mudança já mudança já mudança [sic]”.
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