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Nos discursos que fizeram neste sábado, quase no mesmo horário, o tucano José Serra, em Brasília, no lançamento oficial da sua candidatura, e a petista Dilma Roussef, em São Bernardo do Campo, em encontro com sindicalistas, deixaram bem claro quais as armas que escolheram para o embate presidencial de outubro.
A cinco meses e meio das eleições, já se pode ter uma idéia sobre o que estará em jogo. Basta tomar alguns trechos dos dois discursos para constatar que Serra se apoiará no confronto de biografias e no futuro pós-Lula, enquanto Dilma centrará sua campanha na comparação entre os governos Lula e FHC. O único ponto em comum nos dois discursos foi logo no início: ambos pediram um minuto de silêncio para as vítimas das enchentes no Rio, mas depois não falaram o que pretendem fazer para evitar estas tragédias urbanas caso sejam eleitos.
José Serra:
“É deplorável que haja gente que, em nome da política, tente dividir o nosso Brasil. Não aceito o raciocínio do nós contra eles. Não cabe na vida de uma nação”.
“Às falanges do ódio que insistem em dividir a nação vamos responder com nosso trabalho presente e nossa crença no futuro”.
“Meu pai, um homem austero, severo, digno, carregava caixas de frutas para que um dia eu pudesse carregar caixas de livros”.
“Juntos, vamos construir o Brasil que queremos, mais justo e mais generoso. Eleição é uma escolha sobre o futuro”.
Dilma Roussef:
“Eu não fujo quando a situação fica difícil. Não tenho medo da luta. Posso apanhar, sofrer, ser maltratada, mas estou sempre firme com minhas convicções”.
“Minhas críticas serão duras, mas serão políticas e civilizadas”.
“O que estamos fazendo no governo Lula e continuaremos fazendo é garantir que todos sejam ouvidos. Democrata que se preza não agride os movimentos sociais”.
“Acabou o tempo dos exterminadores do emprego, dos exterminadores de futuro. Porque, hoje, o Brasil é um país que sabe o que quer, sabe onde quer chegar e conhece o caminho. É o caminho que Lula nos mostrou e por ele vamos seguir”.
Pelo tom dos discursos, parecia até que Serra, mais racional e contido, era o candidato da situação e, Dilma, sempre disposta a partir para o enfrentamento com os tucanos, da oposição.
Como nenhum dos dois se destaca pelo carisma e ambas são figuras públicas com personalidade forte e centralizadoras, que não gostam muito de ouvir palpites, tudo indica que esta campanha lembrará mais um jogo de xadrez do que uma final de campeonato de futebol. O clima de Fla-Flu deve ficar nas arquibancadas, longe do gramado.
Por falar nisso, agora vamos esperar o grande jogo entre a molecada do Santos e os masters do São Paulo, no Morumbi, abrindo as semifinais do Paulistão.
Bom domingo a todos.
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