Serra segue na frente, Dilma sobe e cenário continua indefinido

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Ao contrário do meu amigo Carlos Augusto Montenegro, o homem do Ibope, que já no ano passado cravou a vitória de José Serra em 2010, eu não arrisco um centavo do meu bolso numa aposta sobre quem vai ganhar a eleição presidencial.

A tão aguardada safra de pesquisas de final de ano trouxe números que variam de um instituto para outro, mas, para mim, continua mostrando um quadro ainda bastante indefinido, até mesmo em relação às candidaturas que chegarão às urnas em outubro do ano que vem.

O Datafolha deste domingo consolida uma disputa já esperada entre a oposição tucana representada por José Serra e a candidata do governo, Dilma Roussef, com Ciro Gomes correndo por fora e Marina Silva fazendo o papel de out sider que foi de Helóisa Helena em 2006.

A pesquisa apresenta dois fatos novos. A diferença entre Serra (37 pontos agora, um a mais do que na pesquisa anterior) e Dilma (23 pontos agora, contra 17 em agosto), caiu de 21 para 14 pontos. E, pela primeira vez, o Datafolha fez a projeção de um segundo turno entre os dois, revelando clara vantagem de Serra: 49 a 34.

Desta forma, os dois candidatos encontram números para comemorar, já que Ciro Gomes manteve-se à distância no mesmo patamar ( foi de 14 para 13) e Marina Silva, que subiu de 3 para 8, ainda não chegou aos níveis de Heloísa Helena, do Psol, que desta vez ficará de fora.

Com mais de 11 mil entrvistados em todo o país, o Datafolha mostrou também que Lula bateu novo recorde de popularidade desde a sua posse em 2003, batendo nos 72 pontos, a um ano do final do seu governo, fato inédito no histórico das pesquisas nacionais. Apesar de todo o noticiário negativo das últimas semanas, ele cresceu cinco pontos de agosto a dezembro, mantendo-se em 6% os que desaprovam o presidente.

Com Serra agora correndo sozinho no campo da oposição, após a desistência de Aécio Neves esta semana, tudo indica que até o início oficial da campanha, no meio do ano, não deverão acontecer grandes mudanças nas pesquisas, restando especular até onde o presidente Lula conseguirá transformar em votos para Dilma a sua fantástica popularidade.

Outras dúvidas permanecem, mantendo um quadro de indefinição.

Ciro será mesmo candidato? Se não for, para quem irão seus votos? Como ficará Aécio Neves nesta história?

Marina tem folego para ir até o final, ou poderá compor a chapa com Serra, caso Aécio cumpra sua palavra de não ser o vice?

Quem o DEM poderia indicar depois do tsunami do mensalão de Brasília? E quem será o vice de Dilma? A aliança do PT com o PMDB resiste até começar a campanha na TV, a grande esperança da candidata do governo?

Quem quiser que faça suas apostas.


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