Fazendo coro com a análise apresentada pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, em palestra apresentada no Seminário Brasileiros no último dia 4, o presidente do banco Itaú, Roberto Setubal, defendeu que a inadimplência no País vai ser reduzida com uma maior oferta de crédito. “Estamos procurando expandir a oferta de crédito para acelerar e fortalecer a recuperação da economia. A inadimplência vai se reduzir com a queda de juros e a recuperação da economia”, afirmou Setubal em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
O depoimento é contrário ao argumento de que seria a inadimplência a causadora da queda do volume de oferta de crédito e ajuda a amenizar o que seria um mal-estar dos bancos com a política de redução das taxas de juros cobradas dos clientes pessoas físicas ou jurídicas. Setubal afirma também que os bancos têm condições de cortar as taxas. ”Revisamos nossa taxas de juros e empréstimos, fizemos ajustes e somos competitivos. Continuaremos ajustando a medida em que Selic (taxa básica de juros) caia”, afirmou.
Polêmica
O depoimento também ocorre no dia seguinte à polêmica envolvendo o economista-chefe da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg. Em relatório, Sardenberg afirma que “você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não pode obrigá-lo a beber água”, em referência à ofensiva do governo de forçar o aumento do crédito e a queda dos juros e spreads, apesar dos índices de inadimplência elevados.
Depois da divulgação do relatório, a presidenta exigiu retratação à Febraban, que apressou-se para divulgar nota em que afirma que “como posicionamento oficial da entidade ou de seus associados”.
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