Simpáticos simpatizantes

Talvez a varinha de condão resolva o problema
Talvez a varinha de condão resolva o problema

Meus caros, Daniel Radcliffe quer namorar, mas não sabe como se faz. Isso ele declarou em uma entrevista para a revista gay Out, que lhe pôs na capa. O ator de Harry Potter diz que ser famoso atrapalha, e que só conseguiu namorar meninas que conheceu no trabalho. Ele não é exatamente tímido, melhor seria dizer “reservado”, cool até a medula, e é milionário, já ganhou algo como 25 milhões de libras no papel do bruxinho, do qual me confesso fã. Lembrem-se de que em Equus, onde vivia um jovem para lá de atormentado, Radcliffe passou longos minutos totalmente nu no palco, em pleno West End, Londres. Eu indago quem mais teria coragem de se expor dessa maneira? Esse é o ator,  profissional bárbaro e corajoso, mas o verdadeiro Daniel deve ter lá suas complicações. Ele é absolutamente gay friendly, o que já lhe rendeu uma fama de  gay que não o incomoda a mínima, e ainda tem a coragem de dizer que isso também se deve ao fato de ele ser meio “sissy”, que não sei se posso traduzir como “afeminado” ou “bichinha”. Quem se expõe assim é macho até dizer chega. Fato é que ele pode ser o que e como quiser, pois é um excelente ator, está com a vida feita, e vai aprender a namorar no devido tempo. Só mulheres, diz ele.

Já que gay friendlys está em pauta, benza Deus, todos nós queríamos que o mundo fosse povoado por eles, quem está arrebentando em uma campanha para lá de sensual, mostrando o corpão de jogador de rúgbi em cartazes Londres afora, é Nick Youngquest, que eu já mostrei aqui abraçado ao ícone gay Gareth Thomas, na famosa foto do vestiário. Yougquest já pousou nu diversas vezes, naqueles calendários feitos para arrecadar dinheiro para causas nobres, e dessa vez ajuda uma campanha de combate ao câncer de testículos, encorajando homens a examinarem  “suas bolas”. Ele já saiu nas capas das melhores revistas gays do mundo, sempre lindo, mas é perdidamente heterossexual, salvo engano até casado. Brincando, chegou recentemente a ousar uma declaração de que “Seria gay para David Beckham”, coberto de razões para isso, diga-se.

Pois esses dois heterossexuais, sucessos absolutos em suas carreiras, não têm medo nenhum de se expor na mídia gay, não dão a mínima se vão falar que são gays, e nos apoiam em todas as nossas lutas. Ajudem-me: quantos desses temos no Brasil, país das maiores paradas gays do mundo? Sim, ajudem-me, não consigo trazer nenhum exemplo. Abraços do Cavalcanti


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