Sinalizador causou incêndio que matou 233 no RS

Foto Reprodução/ Juliano Mendes

Policiais e bombeiros se reúnem em frente à Boate Kiss

Pelo menos 233 pessoas morreram e outras 200 ficaram feridas em um incêndio em uma boate na cidade de Santa Maria (RS) que começou por volta das 2h30 da madrugada de domingo, dia 27. Segundo autoridades policiais, investigações preliminares indicam que um sinalizador jogado para o alto por um membro da banda que estava se apresentando causou o fogo ao atingir a forração de espuma do isolamento acústico.

A boate Kiss dispunha de saída de incêndio, mas o pânico causou confusão entre as pessoas e muitas erraram a porta, o que as impediu de sair do local. A fumaça tóxica teria sido a causa da maioria dos óbitos. “As pessoas erraram a porta de saída, que fica ao lado do banheiro. Quase a totalidade morreu por asfixia. No desespero para sair, as pessoas foram encontradas no banheiro empilhadas, quase o teto”, contou o o tenente-coronel da Brigada Militar e vereador da cidade, João Vargas, em entrevista à uma emissora de radio local, a Rádio Gaúcha.

Os cerca de 200 feridos foram levados para dois hospitais locais, enquanto os mortos estão sendo levados de caminhão para o Centro Desportivo Municipal de Santa Maria, pois o Instituto Médico Legal (IML) não tem capacidade para receber os corpos. A identificação já começou a partir dos documentos que as vítimas portavam. Em seguida, começará a fase de reconhecimento por parentes.

A boate Kiss costumava fazer festas universitárias como a que ocorreu na madrugada deste sábado. A capacidade era para até 2 mil convidados, mas o número de pessoas que estava na boate nesta madrugada ainda não foi divulgado.

Alvará vencido
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Santa Maria, o alvará de funcionamento da boate que atesta as condições de prevenção e combate a incêndios estava vencido desde agosto de 2012.  “Está vencido desde agosto. O alvará é necessário para o funcionamento da casa na sua normalidade”,  disse o comandante do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs.

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