Asilado em Moscou, o analista de inteligência Edward Snowden é procurado pelo governo norte-americano por ter vazado informações e documentos que comprovam uma rede de espionagem dos Estados Unidos no mundo. Isso você já sabe. O que pode não saber é que ele é um dos sete nomes indicados por membros do Parlamento Europeu para o Prêmio Sakharov pela liberdade de pensamento, o que provavelmente vai desagradar a Washington.
As revelações de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) monitora grandes quantidades de dados de email e telefonia, assim como relatos de que Washington espionou países da União Europeia, causaram indignação em capitais da Europa. Por isso, os defensores do nome de Snowden para o prêmio dizem que ele prestou “enorme serviço” pelos direitos humanos e aos cidadãos.
Os outros nomeados incluem Malala Yousafzai, a jovem paquistanesa que levou um tiro na cabeça do Taliban no ano passado por cobrar educação para meninas, e o ex-magnata do petróleo russo Mikhail Khodorkovsky, um crítico do presidente Vladimir Putin que foi condenado por lavagem de dinheiro, evasão fiscal e fraude. O vencedor será escolhido pelos líderes parlamentares em 10 de outubro.
Deputados da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados se reúnem nesta terça-feira, 17, com o embaixador da Rússia, Sergey Pogóssovitch Akopov, para tratar da missão oficial de deputados à Rússia para entrevistar o ex-analista da Agência Nacional de Segurança (NSA), Edward Snowden.
Na semana passada, a comissão aprovou um requerimento do deputado Ivan Valente (PSOL-SP) que cria uma comitiva oficial para ouvi-lo. Só que, para isso ocorrer, é preciso que o governo russo autorize. Por esta razão, nesta terça Valente e o presidente da comissão, Nelson Pelegrino (PT-BA), irão até a embaixada conversar com o embaixador.
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