Este texto faz parte do especial 2017 x 24 – visões, previsões, medos e esperanças da edição número 113 da Revista Brasileiros, onde articulistas e colaboradores foram convidados a pensarem sobre o que e o quanto podemos esperar – se é que podemos – para nosso País no próximo ano.
No ano de 2016 terminamos um grande ciclo do Sol de 36 anos, onde o exagero do individualismo nos levou a prepotência, orgulho e ostentação, além de qualidades positivas, tais como criatividade e afirmação do eu. Em 2017 inicia-se o grande ciclo de Saturno, quando começam os limites e a necessidade de um amadurecimento, estruturação e dissolução do ego.
Com Saturno nada acontece gratuitamente, tudo é fruto de esforço, tenacidade e até obstinação. Responsabilidade, competência e muito trabalho serão exigidos para alcançar os objetivos. Para quem não tem medo de pôr a mão na massa o período é excelente. O cuidado é não se tornar dogmático e autoritário.
O quadrado de Júpiter com Plutão, que começou em outubro de 2016 e irá até setembro de 2017, nos mostra que as tensões causadas pelo fundamentalismo, racismo e xenofobia estarão exacerbadas, assim como uma mudança radical em termos da classe política. O desafio é grande, mas há esperanças de que a ética e a justiça possam falar mais alto.
A presença de Saturno em Sagitário, que só abandonará este signo em dezembro de 2017, reforça a necessidade coletiva da busca de ética, moral e justiça e da responsabilidade de viver de acordo com nossas verdades e princípios pessoais. Saturno está em Sagitário desde setembro de 2015, quando se percebeu um aumento do fanatismo religioso entre populações pobres menos instruídas e/ou altamente doutrinadas e a profunda corrupção dentro das instituições religiosas.
A oposição de Júpiter/Urano indica também o aumento do radicalismo de extremistas filosóficos ou religiosos. O sextil entre Saturno e Urano aponta para um despertar mais maduro para mudanças e liberdade de expressão. O resultado positivo destes dois aspectos poderá ser o surgimento de novas políticas institucionais com relação a igualdade e liberdade dentro das nações. Estas mobilizações também poderão resultar num maior comprometimento com a ecologia e com a crise energética.
A partir de novembro e se estendendo até dezembro, temos uma luz no fim do túnel com o sextil entre Júpiter e Netuno, promovendo mais compaixão e diálogo entre os vários setores da sociedade e religiões.
Para o Brasil, as perspectivas devem se alternar entre a possibilidade de mudanças positivas e inovadoras no início do ano, quando Urano e Júpiter fazem um aspecto com Peixes, o signo ascendente do Brasil, inclinando à resolução da crise política e financeira, e o trânsito de Netuno ao Sol e a Lua do Brasil, que pode configurar epidemias, decepções e instabilidade na vida política e econômica. Marte, na casa 9 (ligada ao poder Judiciário) e regente da casa 10 (poder Executivo), marca a tendência de vinculação entre estes dois poderes. Muda o governo, muda a Constituição.
Com Saturno transitando na casa do poder Executivo, torna-se bastante visível essa intervenção e suas consequências sobre o futuro do País. Urano na casa da educação mostra a capacidade de inovação e busca de novas alternativas pela juventude. Urano muito bem aspectado com a Vênus do País mostra a força de libertação das mulheres. Em dezembro de 2017, a quadratura entre Saturno, já em Capricórnio, e Plutão em trânsito aponta que ainda temos coisas a limpar e que a corrupção ainda é presente e ativa.
*Maggy Harrison é astróloga e socióloga. Colunista da Brasileiros desde a primeira edição
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