Sobre abuso e poder


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Cena de um crime
Assistir ao filme O Apedrejamento de Soraya M., do diretor Cyrus Nowrasteh (nascido nos Estados Unidos e filho de pais iranianos), é uma experiência dolorosa e ao mesmo tempo revoltante. Pelo relato dos últimos dias de Soraya, que morre apedrejada, acusada de adultério, o filme nos revela como vivem as mulheres no Irã. A história é contada por Zahra, tia da Soraya, para um jornalista francês, um dia depois do episódio da morte de sua sobrinha. Zahra quer relatar ao mundo a triste realidade das mulheres do país do Oriente Médio. O filme, baseado em fatos reais, revela, em tom realista e seco, uma sociedade machista e corrupta, em que o homem tem pleno poder sobre suas mulheres, inclusive sobre suas próprias vidas. Filme salutar que denuncia uma realidade de abuso de poder.

O Apedrejamento de Soraya M., do diretor Cyrus Nowrasteh
Espaço Unibanco 3. Dia 5, às 19h30
Confira no site da Mostra se o filme entrará na repescagem, a partir da amanhã


O fazer artístico
O documentário A Obra de Arte, de Marcos Ribeiro, mostra sete artistas plásticos brasileiros falando sobre como trabalham e como criam suas obras de artes. Entre pintura, escultura e instalações, artistas como Eduardo Sued, Cildo Meireles e Beatriz Milhazes situam suas criações e como chegam a elas.

A Obra de Arte, de Marcos Ribeiro
Cinema da Vila. Dia, 5, às 20h
Confira no site da Mostra se o filme entrará na repescagem, a partir da amanhã


A programação oficial da repescagem não saiu ainda, e, portanto, a nossa dica de amanhã não será possível. A assessoria da Mostra nos disse que a programação oficial dos filmes da sexta, sábado e domingo, estará disponível no final da tarde no site oficial da Mostra. Então, caros leitores do site da Brasileiros, deem uma espiada e bom programa no final de semana.


Mais atenção no Cine Olido
Uma fonte nos revelou que as sessões no Cine Olido foram prejudicadas. Mesmo sendo gratuitas, houve pouca frequência, muito em função de um mal planejamento da direção da Mostra. Segundo a fonte, se a direção da Mostra tivesse feito uma parceria com as escolas públicas de São Paulo, o problema da frequência teria sido resolvido no ato. Fica a pergunta: Por que a Mostra não deu tanta atenção a um de seus poucos pontos de exibição popular? Quem se habilita a responder?


Tatiana Issa e Raphael Alvarez (diretores do documentário Dzi Croquettes)

Brasileiros – Um dos muitos méritos do documentário Dzi Croquettes é a coesão das entrevistas com o material documental que vocês levantaram. Deu muito trabalho para escolher o material para a edição final?
Tatiana Issa e Raphael Alvarez –
Tínhamos muitas entrevistas quando fomos fazer o processo de escolha para a edição final do documentário. Nós achávamos todas as entrevistas importantes e foi difícil escolher quem entraria e o que entraria de cada uma. Além disso, tivemos que elaborar com muita atenção a ordem de entrada de cada entrevistado. Em relação ao material documental, íamos introduzindo de acordo com o que diziam nas entrevistas.

Brasileiros – É verdade que vocês não encontraram quase nenhuma imagem da trupe dos Dzi Croquettes no Brasil?
Tatiana Issa e Raphael Alvarez –
Com exceção do material que a rede Globo tinha e alguns trechos na mão de particulares, as imagens das apresentações do grupo foram encontradas na Alemanha. Isso mais uma vez demonstra nossa incapacidade e falta de atenção com a nossa memória cultural.

Brasileiros – O filme ganhou dois prêmios no Festival do Rio, foi elogiado pela crítica e o público adorou. Como está sendo esse retorno com o público, principalmente os mais jovens, que não conheciam as histórias do Dzi Croquettes?
Tatiana Issa e Raphael Alvarez –
Engraçado você nos falar isso, pois essa é nossa maior surpresa. Não esperávamos que os jovens se interessassem pela história do Dzi Croquettes, não só pela falta de conhecimento deles em relação à trupe, mas principalmente por ser muito diferente do estilo de vida das pessoas hoje. Estamos falando de um grupo que viveu em uma época de desbunde e de grande criatividade artística. Muitos jovens nos chegam, depois das sessões, e dizem que lamentam muito não ter mais artistas assim hoje, e falam que hoje falta autenticidade, espírito de coletividade e criatividade na classe artística.

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