Sobre jegues e violas

Realizada ontem, 06.12, a terceira noite de apresentações do Festival Choro Jazz, em Jericoacoara, levou ao palco da Praça Principal os gaúchos do Tambo do Bando e o mato-grossense Almir Sater. E a noite, de maior público até o momento foi de música popular, com melodias marcantes, refrões que incitaram coros da plateia, mas de forte acento regional.

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Formado em 1986, no Rio Grande do Sul, o octeto Tambo do Bando, mesmo desconhecido para a maioria do grande público cativou a multidão com sua mistura de música regional gaúcha (com direito a acordeon), MPB e vocalizações impecáveis. A apresentação também foi marcada pela canja de Jean Garfunkel, que revelou, em primeira-mão, a composição Jegue de Jericoacoara, composta em parceria com o grupo. Como bem frisou o recifense Arthur, aos primeiros acordes da nova canção, os jegues estão para os nativos e os turistas que frequentam Jericoacoara como as vacas para os hindus.

Mas o motivo maior para tamanho público ficou evidente quando Almir Sater subiu ao palco com sua banda. Mal tocou o primeiro acorde, o violeiro foi cercado por dezenas de mulheres, armadas de câmeras fotográficas e celulares, apinhadas na primeira fila, ansiosas por conseguir uma foto do ídolo, que tornou-se popular em todo o País, ao encarar a faceta de ator na novela Pantanal, em 1990, quando viveu o personagem Trindade.

Sater contou com a participação de sua irmã, a cantora Gisele Sater, e desfilou sucessos como Chalana e Um Violeiro Toca. Mas também não ficaram de fora os temas instrumentais marcados pela improvisação vigorosa do exímio violeiro.

Hoje, às 21h, sobe ao palco do Choro Jazz os cariocas do Trio Madeira Brasil. À partir das 22h30 a cantora paulistana Mônica Salmaso apresenta-se com seu trio.


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