O chefe dos observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) na Síria, o general norueguês Robert Mood, disse neste domingo, dia 27, que 116 pessoas morreram e cerca de 300 ficaram feridas no massacre na cidade de Houla, supostamente perpetuado pelas forças do governo de Bashar al-Assad. A estimativa anterior era de 92 mortos, entre eles 32 crianças.
O Conselho de Segurança da ONU, principal órgão da entidade, avalia agora uma proposta de França e Reino Unido, membros vitalícios do conselho, de condenar o massacra ocorrido na localidade, que fica na província de Homs, na noite de sexta-feira, dia 25.
A proposta deve esbarrar na posição da Rússia, também membro vitalício do Conselho, e que é aliada do regime de al-Assad. Por sua parte, fontes diplomáticas russas se referiram pouco antes de começar a reunião do Conselho que antes de tomar uma decisão é necessário determinar se as autoridades sírias são responsáveis pela tragédia.
O agravamento da crise síria, desencadeada há 15 meses, gerou uma onda de críticas internacionais contra o regime de Damasco, capital do país, que vive em estado de guerra civil. Os atentados de Houla debilitaram o plano de paz aprovado em abril e proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan. O plano exige a todas as partes o imediato fim da violência e das violações dos direitos humanos, assim como a garantia do acesso de pessoal humanitário ao país.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou no sábado, dia 26, o massacre e pediu ao governo de Assad o imediato fim do uso de armamento pesado contra as cidades.
Por sua parte, o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Nasir Abdulaziz Al Nasser, considerou hoje que esses “assassinatos em uma vizinhança muito povoada são uma flagrante violação da lei internacional e dos compromissos do governo sírio”. Reiterou também seu pedido para que “as autoridades sírias e todas as partes cessem toda forma de violência e respeitem os compromissos com os seis pontos do plano de paz” de Annan.
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